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11 de Setembro de 2020

Setembro amarelo: é hora de se conscientizar sobre o suicídio


Escrito por: Fetquim


Fetquim

A cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio em algum lugar do planeta. No total, são cerca de 800 mil mortes por ano. Cerca de 96,8% dos casos estão relacionados a transtornos mentais como depressão.  Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS). Num mundo tão desigual, onde 1% da população do planeta concentram a renda dos demais 99% não é de se estranhar que tal fenômeno ocorra.

A falta de emprego e a precarização das relações de trabalho acentuam ainda mais essa tendência. Sem saída econômica, o ser humano tem abalada as suas relações sociais, familiares e emocionais. "Não ver saída é o que leva alguém ao suicídio", afirma a secretária de Políticas Sociais da Fetquim, Danielle Franco.

"A luta pela distribuição de renda deve ser uma luta de todos. E os sindicatos devem orientar seus associados a buscarem ajuda e detectar quando alguém no local de trabalho não está psicologicamente bem, quando sofre assédio, violência doméstica, discriminação por raça ou gênero... A exposição a produtos químicos e o trabalho com itens de alta periculosidade, além de jornadas de turno exaustivas, também contribuem para com a desorganização do relógio biológico, o que afeta o sistema neurológico e endócrino, entre outros, podendo levar ao aumento da depressão e até dos suicídios", explica Danielle Franco.

Setembro é o mês de conscientização contra o suicídio. É preciso proteger trabalhadores e trabalhadoras que sofrem assédio, retirada de direitos e são pressionados a alcançar metas impossíveis. Saúde mental também faz parte da segurança do trabalho e deve ter a atenção dos sindicatos, cipeiros e organizações por local de trabalho.