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04 de Janeiro de 2018

Degradação + concentração de renda (monopólios) = adoecimento do trabalhador


Escrito por: Remigio Todeschini


Remigio Todeschini

Está sendo lançado o livro no início deste ano de 2018: “De que adoecem e morrem os trabalhadores na era dos monopólios 1889-2016”. A obra é o 2º volume do mesmo título coordenado pelo Prof. Herval Pina Ribeiro e um grupo de acadêmicos e militantes sobre um dos assuntos mais relevantes para a classe trabalhadora: As sociopatias, produção, violência e saúde coletiva. 

O Prof. Herval, foi o fundador do DIESAT nos anos de 1980, e ativo médico que entre 1982 a 1985. Ajudou a dar suporte a diversas lutas dos Químicos do ABC na área de saúde. O Sindicato dos Químicos e a Conderação Nacional do Ramo Químico (CNRQ-CUT) apoiaram a edição do 1º volume, e agora a Fetquim deu apoio junto a outros sindicatos e a CUT para o lançamento desse 2º volume. 

O percurso deste livro é um verdadeiro suporte para a continuidade de nossas lutas pela saúde. Trata dos transtornos coletivos de saúde em geral e especificamente dos transtornos coletivos locomotores (Ler/Dort); transtornos coletivos mentais, enfim de diversas causalidades que “está nas relações abusivas ou violenta de classe, produção e trabalho” ( pág. 65).  Denuncia que de 1889 a 2016, portanto desde o advento da república de cúpula,  em 127 anos de história, mais de 80 anos foram ditaduras burguesas-militares armadas.  Atualmente atacam o trabalho e os trabalhadores através da “Deforma Trabalhista”. Quando há mais degradação e concentração de renda (monopólios) mais os trabalhadores adoecem.

Todas as lutas desse período mostram que  a luta política e sindical  ajudam a civilizar a classe dominante dentro do capitalismo (pág. 109).  Em suas páginas, a obra descreve o problema da fome no Brasil, descreve o Trabalho, a Educação, a Seguridade Social e a Assistência Médica. Denuncia as várias sociopatias da produção manufatureira dando especial atenção aos operários químicos, farmacêuticos e petroquímicos entre outras importantes informações.  Vale à pena ler, refletir, discutir nos diversos espaços de formação do movimento sindical e do movimento social.

A tarefa fundamental neste momento: pois a luta dos sindicatos e dos movimentos sociais  é lutar para preservar a Democracia em 2018. Apelou-se para um golpe de Estado (Temer-2016), para garantir o capitalismo rentista - o que já se observa nos 12,6 milhões de desempregados. o que é só o início diante da "Deforma Trabalhista".

Frente a isso precisamos continuar a reagir para recuperar o terreno perdido com mais luta. A ida à Porto Alegre ao julgamento de Lula no dia 24 de janeiro é fundamental para os que defendem a justiça, a democracia e a equidade social, pois o grande capital tenta declarar a inegibilidade de Lula para controlar a eleição de 2018 e se manter mais tempo no poder.