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15 de Maio de 2020

Nota das centrais sobre a demissão do ministro da Saúde


Escrito por: Agências


Agências

Colocar em situação de risco e abandono a vida do povo brasileiro tornou-se algo corriqueiro desde a posse deste governo em 2019. A lista de maldades já não cabe em uma nota, nem em uma grande reportagem.

No atual caso, que envolve a conduta do Ministério da Saúde no enfrentamento da pandemia do coronavírus, uma série de erros grosseiros nos expõe a cada dia ao horror do aumento exponencial de mortes. Em meio ao recorde diário de brasileiros e brasileiras infectados e mortos pelo Covid-19, que faz do Brasil o 6º País com mais casos e letalidade nesta pandemia, mais um ministro da saúde deixa o cargo, dessa vez apenas 29 dias após ter assumido. É o segundo ministro da Pasta que sai do governo Jair Bolsonaro por tentar seguir a ciência e as orientações da OMS em vez dos delírios destruidores e paranoicos do presidente.

Os erros começaram com a demissão de Luiz Henrique Mandetta, justamente por ele ter defendido ideias de combate à crise e ter procurado manter a população bem informada. A nomeação de Nelson Teich, ao que parece, seguiu critérios absurdos. Bolsonaro mostrou ao país que tentou substituir Mandetta por um ministro sem traquejo político e sem experiência no setor público de saúde, para que este não o impedisse de agir conforme seus interesses escusos, impondo uma política de insegurança e morbidez.

Mas, para a surpresa do presidente, Teich não aceitou ser capacho dos engodos de Bolsonaro e escancarou que, neste governo, o Ministério da Saúde não passa de um nome fantasia, um Ministério de fachada. O episódio, mais uma vez, coloca em risco as vidas de milhares de cidadãos brasileiros, em especial dos trabalhadores e dos mais pobres. 

Já está mais do que na hora de resolver o maior problema que assola o Brasil hoje que é o governo Bolsonaro. Ele se torna um problema ainda maior que a pandemia quando age pela disseminação do vírus e defende tratamentos que podem debilitar ainda mais a saúde das pessoas.

A pandemia é algo terrível e assustador e só podemos vencê-la com políticas públicas sérias, a exemplo da Alemanha, China, Coréia do Sul, Cuba e Nova Zelândia.

Seguimos na pressão diária sobre o Congresso Nacional para interromper votações de projetos e medidas provisórias que, aproveitando-se do momento de crise, tentam tirar ainda mais direitos dos trabalhadores, classe essencial à construção da riqueza do País e da recuperação econômica no pós-pandemia.

São Paulo, 15 de maio de 2020

Sérgio Nobre – Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores

Miguel Torres – Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah- Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores

Adilson Araújo – Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

José Calixto Ramos – Presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores

Antonio Neto – Presidente da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

Edson Carneiro Índio – secretário-geral da Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)

Ubiraci Dantas de OLiveira – Presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil)

Atnágoras Lopes – Secretaria Executiva Nacional da CSP-CONLUTAS

Mané Melato – Intersindical instrumento de Luta

José Gozze – Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor.