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21 de Setembro de 2017

Campanha salarial 2017: nossa luta garante nossos direitos


Escrito por: Airton Cano


Airton Cano
Crédito: Dino Santos

Estamos iniciando nossa campanha salarial da área Química com desafios enormes. Primeiro é que nesta campanha temos de enfrentar a famigerada reforma trabalhista,  imposta por um Congresso mergulhado em investigações e aliado ao patronato, que quer derrotar o projeto social da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) construído há 70 anos. A ditadura militar nos tirou a estabilidade de emprego, em 1964,  e trocou isso pelo FGTS, mas não tocou nos demais direitos que a atual "ditadura do mercado" quer impor aos trabalhadores e compactua com o governo Temer “corrupto” e ladrão de nossos direitos.

O segundo aspecto de nossa campanha é o lema que estamos levando às portas de fábricas e nossos boletins sindicais que é: NOSSA LUTA GARANTE NOSSOS DIREITOS. Essa luta só será garantida se tivermos unidade e estivermos organizados nos nossos sindicatos filiados e nas fábricas. Será preciso muita luta unitária nos próximos três  meses.  A organização por local de trabalho é essencial para que nossa luta possa continuar garantindo nossos direitos.

Levantamento realizado pela nossa subseção do Dieese, aponta que nos sete sindicatos filiados à Federação,  temos mais de 200 empresas com mais de 200 empregados. Isso exigirá, mesmo com a reforma trabalhista imposta, ampliarmos nossos espaços de organização no local de trabalho, além das comissões de fábrica e Cipas existentes. O desafio é termos desde os grandes grupos de fábrica  multinacionais e nacionais até as pequenas fábricas organizadas para garantir nossos direitos e resistir à pressão patronal nesta campanha.

Nossa campanha terá entre várias reivindicações: a renovação integral das cláusulas sociais, aumento do piso salarial, com PLR  do piso salarial reajustado e  reposição da inflação com 5% de aumento real, entre outras. Não podemos dar brechas à reforma trabalhista que visa estabelecer acordos individuais retirando direitos legais e dos acordos sindicais conquistados.   

Só a  luta unitária garantirá nossos direitos na convenção coletiva!