Estamos iniciando nossa campanha salarial da área Química com desafios enormes. Primeiro é que nesta campanha temos de enfrentar a famigerada reforma trabalhista, imposta por um Congresso mergulhado em investigações e aliado ao patronato, que quer derrotar o projeto social da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) construído há 70 anos. A ditadura militar nos tirou a estabilidade de emprego, em 1964, e trocou isso pelo FGTS, mas não tocou nos demais direitos que a atual "ditadura do mercado" quer impor aos trabalhadores e compactua com o governo Temer “corrupto” e ladrão de nossos direitos.
O segundo aspecto de nossa campanha é o lema que estamos levando às portas de fábricas e nossos boletins sindicais que é: NOSSA LUTA GARANTE NOSSOS DIREITOS. Essa luta só será garantida se tivermos unidade e estivermos organizados nos nossos sindicatos filiados e nas fábricas. Será preciso muita luta unitária nos próximos três meses. A organização por local de trabalho é essencial para que nossa luta possa continuar garantindo nossos direitos.
Levantamento realizado pela nossa subseção do Dieese, aponta que nos sete sindicatos filiados à Federação, temos mais de 200 empresas com mais de 200 empregados. Isso exigirá, mesmo com a reforma trabalhista imposta, ampliarmos nossos espaços de organização no local de trabalho, além das comissões de fábrica e Cipas existentes. O desafio é termos desde os grandes grupos de fábrica multinacionais e nacionais até as pequenas fábricas organizadas para garantir nossos direitos e resistir à pressão patronal nesta campanha.
Nossa campanha terá entre várias reivindicações: a renovação integral das cláusulas sociais, aumento do piso salarial, com PLR do piso salarial reajustado e reposição da inflação com 5% de aumento real, entre outras. Não podemos dar brechas à reforma trabalhista que visa estabelecer acordos individuais retirando direitos legais e dos acordos sindicais conquistados.
Só a luta unitária garantirá nossos direitos na convenção coletiva!