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08 de Setembro de 2020

Mais um ataque do governo: pente fino em 1,7 milhão de segurados do INSS


Escrito por: Fetquim


Fetquim

O INSS anunciou na véspera do feriado da semana da pátria um novo ataque aos direitos previdenciários dos mais pobres. Estarão sob revisão 1,7 milhão de benefícios. Agora, em plena pandemia, o governo volta a atacar com a suspensão de aposentadorias, pensões e auxílios-doenças se não forem entregues as documentações pedidas em mais uma revisão administrativa.

É bom recordar que a reforma previdenciária de Bolsonaro já rebaixou a média de concessão de benefícios em 20%. Em novembro de 2019, no mês da promulgação da nova reforma, a média de concessão era de 1.463,00 e passou em julho de 2020 a ser de 1.204,00, ou seja, 20% menor. Uma perda considerável para os segurados da previdência social.

Segundo a revista Piauí, nos últimos 10 anos foram punidos 57 juízes, por venda de sentenças para bicheiros, narcotraficantes,  desvios por estelionato... estes magistrados mantiveram preservadas  suas aposentadorias vitalícias, em média no valor de R$ 38 mil.

Enquanto os verdadeiros fraudadores no judiciário tem uma aposentadoria de 38 salários mínimos, o governo Bolsonaro ataca quem recebe até 1 salário mínimo e meio, com a desculpa de combate às fraudes para os mais pobres, justamente aqueles que necessitam desse benefício para sua sobrevivência mínima.

Início da Notificação do INSS

O INSS começará a enviar uma notificação sobre a revisão de benefícios a partir deste mês e os segurados terão 60 dias para enviar a documentação solicitada. Os segurados serão comunicados pelos correios por cartas físicas e virtuais. O envio dos documentos deve ser feito pelo site ou aplicativo do MEU INSS, preferencialmente, ou o segurado poderá agendar atendimento presencial pela Central 135 para entregar os documentos pedidos. O pior de tudo é que o Segurado terá seu benefício suspenso se não enviar os documentos solicitados.

Para o secretário de Saúde da Fetquim e diretor do Sindicato dos Quimicos Unificados de Campinas, André Alves, “é preciso ficar atento e buscar a assessoria dos sindicatos para que os trabalhadores afastados por doença não sejam prejudicados, assim como os trabalhadores de aposentadoria especial”.

“Não poderão ser prejudicados e penalizados os trabalhadores que estão em tratamento de saúde, pois o prejuízo já foi grande com a reforma previdenciária desse governo anti-povo e autoritário que governa só agindo para a diminuição dos direitos sindicais, trabalhistas , previdenciários, de saúde e da educação”, diz ele.

Fetquim atenta aos direitos previdenciários na Campanha Salarial

"Estamos atentos para que os direitos previdenciários dos trabalhadores não sejam ainda mais dilapidados por esse governo que protege os mais ricos e prejudica os trabalhadores mais pobres. Por isso toda a nossa força na campanha salarial deste ano para que os direitos sociais da categoria química sejam preservados.”, diz o coordenador político da Fetquim, Airton Cano.