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27 de Abril de 2021

Macrossetor da Indústria discute fome no Brasil: solidariedade e conscientização para salvar vidas


Escrito por: Fetquim


Fetquim

Já são mais de 125,6 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar. Gente que não se alimentou como deveria ou já tinha incerteza se teria comida no prato durante a pandemia do novo coronavírus.  Esta dura realidade foi tema de LIVE especial do MACROSSETOR da Indústria da CUT, realizada na última terça-feira (26/04), que discutiu a fome, a doença, os quase 400 mil mortos pela Covid-19 e este governo que deixa o povo na miséria, sem renda, sem direitos, sem saúde, sem vacina. 

A pandemia só evidenciou o desmonte do Estado que já estava em curso desde o golpe de 2018. “Perdemos o que conquistamos. A fome voltou, a desesperança voltou, mas o Brasil não é do Bolsonaro. Nós lutaremos por uma melhor proposta para a sociedade e vamos mostrar a importância das escolhas políticas”, defendeu o presidente do TID-Brasil, Rafael Marques.

“Estamos vendo as ações do governo para reduzir o valor da força de trabalho a qualquer preço em troca de comida. É importante que neste momento a gente faça essas ações de solidariedade e conscientização de classe e mostre a necessidade de ter um governo voltado para as classes sociais”, enfatizou Claudio da Silva Gomes, presidente da CONTICOM/CUT.

Comida no prato

Cida Trajano, coordenadora do Macrossetor da Indústria e presidenta da CNTRV CUT, mediou o debate e lembrou que “o Brasil é rico na produção de alimentos, mas ele não chega no prato de todo o mundo”.

Kelly Galhardo, da Secretaria de Política Sociais da CNM/CUT, lamentou a volta ao estado de miséria: “Vivenciamos na época do Lula ele tirando o Brasil da fome”.

O Brasil produtor de alimentos para o mundo permitiu que os produtos encarecessem nas prateleiras por falta de visão de abastecimento. “O agro faz o PIB crescer, mas não gera emprego, gera desigualdade”, lembrou Nelson Morelli, presidente da CONTAC-CUT. O caminho para a produção sustentável de alimentos é a agricultura familiar.

Juntos ao lado do povo

O Macrossetor da Indústria da CUT e seus filiados sempre estiveram ao lado do povo e continuam, mais do que nunca, na reparação das injustiças sociais, lutando por melhores salários, condições de trabalho, melhorando a convenção coletiva, direitos, emprego e renda – além de realizarem campanhas de arrecadação de alimentos e produtos de limpeza, auxiliar na busca por emprego e orientar questões de gênero, cor e raça, entre outras ações.

 “Estamos mais vivos do que nunca”, ressaltou Airton Cano, coordenador da FETQUIM/CUT e CNQ/CUT. Ele lembrou que a crise trouxe mais unidade e que é preciso trabalhar para trazer tecnologia de ponta para o Brasil fabricar vacinas e produtos de alto valor agregado.

1º de maio

A LIVE foi parte das ações na semana que antecedem o 1° de maio de 2021. Para o secretário adjunto da Secretaria Geral da CUT, Aparecido Donizete, o momento é de reflexão e conscientização: “Acabaram com a estrutura mínima para os trabalhadores. Boa parte dos que estão passando fome estavam empregados há dois anos, foram para o subemprego e não têm sustento”.

Esteliano Pereira Gomes Neto, do Sinergia CUT, lembrou da música dos Titãs: “A gente não quer só comida, quer bebida, diversão e arte”. E completou: A gente também quer dinheiro, felicidade, prazer pra aliviar a dor. Vacina no braço e comida no prato”.