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11 de Outubro de 2018

Centrais sindicais se reúnem com Haddad e Manuela para manifestar apoio


Escrito por: Fetquim


Fetquim

Os presidentes das sete principais centrais sindicais brasileiras entregaram um manifesto em apoio ao candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, no encontro dos sindicalistas realizado  quarta-feira (10/10), na capital paulista.

A candidatura de Haddad é a que melhor representa as demandas da classe trabalhadora brasileira, além de ser a garantia de defesa e fortalecimento da democracia, segundo os presidentes da CUT Vagner Freitas; da Internsindical Edson Carneiro Índio, da Força Sindical Miguel Torres; da CTB Adilson Araújo; da UGT Ricardo Patah, da CSB Antônio Neto e da NCST Antônio Calixto, que assinaram o manifesto.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, fez um apelo aos trabalhadores e trabalhadoras para que “votem em Fernando Haddad, no número 13, porque nesta eleição há dois lados, o lado do trabalhador e o lado dos patrões e do golpista e ilegítimo Michel Temer”.

Vagner enfatizou que nesta eleição será definido o futuro do país e o tipo de sociedade em que os brasileiros querem viver. “Está em jogo não apenas a liberdade sindical, mas a democracia e os direitos individuais”, disse o presidente da CUT, que criticou as declarações e posicionamentos do candidato Jair Bolsonaro (PSL), que defende a ditadura, o armamento da população e a violência.

“No segundo turno está em jogo, o futuro do povo brasileiro, o futuro da soberania brasileira, da nossa frágil democracia contra a barbárie, contra a miséria, contra a violência e a ditadura”, disse Edson Carneiro Índio, secretário geral da Intersindical Central da Classe Tabalhadora.

Não temos dúvida que, nesse momento, todos os setores progressistas e populares, democráticos e aqueles que não querem ver nosso país ser enterrado pela barbárie devem estar com a candidatura de Fernando Haddad e Manuela D’Avila. É necessário uma frente ampla de pessoas que têm compromisso com o país”, afirmou.

Haddad: revogação da reforma trabalhista e da PEC dos Gastos

Haddad agradeceu o movimento sindical pelo apoio, lembrou de sua trajetória democrática e de luta em defesa dos direitos da classe trabalhadora e se comprometeu com a agenda apresentada pelos sindicalistas que reivindicam a imediata revogação da reforma Trabalhista e da PEC do Congelamento.

“Essa mesa aqui não é nova na minha vida, eu tive a oportunidade de sentar com as centrais sindicais como ministro da educação e como prefeito de SP e em todas as ocasiões, tive um debate muito respeitoso com os representantes das centrais”. “Tivemos oportunidade de estabelecer acordos sempre no sentido da valorização dos trabalhadores e trabalhadoras. Nós tivemos a oportunidade de fazer o país avançar”, disse Haddad.

"Nossa solução não é uma arma em uma mão e outra arma na outra, é uma carteira de trabalho em uma mão e um livro na outra, disse o candidato.

Haddad criticou também o “congelamento de gastos por 20 anos que impõe severos prejuízos à população. Nós não teríamos condições de contratar médicos, professores, policiais na vigência da Emenda Constitucional 95 e o povo está pedindo mais saúde, educação e segurança. Sem investimento não se pode dar assistência ao povo”.

Alerta

O candidato à Presidência pelo PT, que tem assumido o compromisso de ser o representante de uma frente ampla nacional em defesa da democracia, fez ainda um alerta: “não são só os direitos trabalhistas e sociais que estão em risco no Brasil. Os direitos civis e políticos estão cada vez mais ameaçados”.

“Temos de interromper a escalada de violência. Nós estamos falando dos fundamentos de uma sociedade civilizada, de direitos civis e políticos que têm 200 anos de história na civilização ocidental”, disse Haddad, se referindo a uma série de agressões por parte de simpatizantes do capitão reformado a pessoas que têm posições políticas diferentes, como o assassinato do mestre de capoeira na Bahia e a agressão a uma menina de 19 anos, que teve a suástica “tatuada” a canivete em suas costas porque vestia a camisa com os dizeres ‘ele não’.

Manifesto

No ato de entrega do documento, intitulado ‘Movimento Sindical em Defesa dos Direitos Trabalhistas e da Democracia”, estiveram presentes a candidata à vice presidente na chapa ‘Brasil Feliz de Novo’, Manuela D'Ávila (PC do B), o ex ministro do Trabalho e da Previdência, Luiz Marinho, a presidenta do PT Gleisi Hoffmann, além de outros representantes do Partido dos Trabalhadores e do movimento sindical.

Leia a íntegra do manifesto:

Somente juntos conseguiremos defender a democracia, a soberania nacional e a valorização do trabalho e da classe trabalhadora.

Movimento sindical em defesa dos direitos trabalhistas e da democracia

PORQUE DEVEMOS ELEGER HADDAD?

Em 28 de outubro teremos uma eleição decisiva para o futuro da classe trabalhadora brasileira. De um lado, Fernando Haddad, um candidato comprometido com a democracia, os direitos sociais e a soberania nacional. Do outro, um candidato que encarna o autoritarismo, a desnacionalização da economia e a extinção dos direitos sociais e trabalhistas, com consequências diretas na vida dos trabalhadores e das trabalhadoras, como desemprego, a precarização do trabalho, redução dos direitos e da qualidade de vida.

O programa de governo de Haddad está em sintonia com os interesses da Nação e do nosso povo. Propõe a revogação da reforma trabalhista e da Emenda Constitucional 95, que congelou os investimentos públicos por 20 anos. Propõe a retomada do desenvolvimento e crescimento econômico, com distribuição de renda, inclusão e justiça social e redução do desemprego. Defende o fortalecimento e a valorização da agricultura familiar e do salário mínimo, o combate da precarização do mercado de trabalho, a democratização dos meios de comunicação e uma política externa soberana.

Haddad está comprometido com a valorização das estatais, das empresas e bancos públicos, redução dos juros, isenção do imposto de renda para  trabalhadores e trabalhadoras que ganham até cinco salários mínimos e de impostos para os mais pobres, manutenção da Previdência Social como política pública e a valorização das aposentadorias. O fim das privatizações e a valorização de todo setor energético, com a consequente redução das tarifas de combustíveis, luz e gás, também são compromissos já firmados.

É Fernando Haddad que, eleito, garantirá a mudança que o povo reclama e anseia: educação e saúde públicas de qualidade para toda a população, moradia, segurança, democracia, soberania e bem-estar social.

Por todas essas razões, as centrais sindicais brasileiras estarão unidas neste segundo turno com Fernando Haddad. E com a certeza de que Haddad é o melhor candidato, convocamos a classe trabalhadora e o povo brasileiro a participar da campanha e votar para eleger Haddad o próximo presidente do Brasil

Somente juntos conseguiremos defender a democracia, a soberania nacional e a valorização do trabalho e da classe trabalhadora.

Vagner Freitas, presidente da CUT      

Miguel Torres, presidente da Força Sindical

Ricardo Patah, presidente da UGT     

Adilson Araújo, presidente da CTB

Antonio Neto, presidente da CSB      

José Calixto Ramos, presidente NCST

Edson Índio, secretário-geral da Intersindical

São Paulo, 10 de outubro de 2018