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09 de Março de 2019

80 mil mulheres marcham contra Previdência de Bolsonaro em SP


Mais de 80 mil mulheres coloriram a Avenida Paulista neste Dia Internacional da Mulher para protestar, principalmente, contra a reforma de Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL).

“Mulheres contra Bolsonaro, vivas por Marielle, em defesa da previdência, da democracia e dos direitos” foi o mote do ato unificado de vários movimentos sociais, feministas, de mulheres da CUT, Intersindical e demais centrais, partidos políticos e milhares que se juntaram à luta.

O vão livre do MASP, ponto de concentração da manifestação, ficou pequeno em poucas horas e as milhares de pessoas que participavam do ato ocuparam as duas vias da Paulista e depois caminharam até a Praça Roosevelt, no centro da cidade.

As mulheres da CUT se juntaram ao ato com apitos, chocalhos e cartazes com frases como Lula Livre, lugar de mulher é onde ela quiser, chega de violência, reforma da Previdência Não!

Reforma da Previdência não!

O principal grito de guerra das mulheres que participaram do do Dia Internacional da Mulher foi o “não” para reforma da Previdência de Bolsonaro, que acaba com a aposentadoria para milhares de trabalhadoras.

“Temos que dizer que não aceitaremos essa reforma da Previdência que retira direitos da classe trabalhadora e aumenta a desigualdade entre homens e mulheres na vida e no trabalho”, afirmou a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Juneia Batista.

A Proposta de Emenda à Constituição, PEC da  reforma, propõe  acabar com a regra de aposentadoria por tempo de contribuição, prevê a obrigatoriedade de idade mínima de 62 anos e 20 anos de contribuição. O tempo mínimo de contribuição sobe de 15 anos para 20 anos e as trabalhadoras vão receber apenas 60% do valor do benefício. Para ter acesso à aposentadoria integral, a trabalhadora terá de contribuir por pelo menos 40 anos.

Para Juneia, quando você tributa os trabalhadores você está tributando justamente pessoas que precisam do sistema e que não têm nenhuma contrapartida do governo.

“Por que o governo Bolsonaro  não cobra dos grandes devedores da previdência, como o Itaú, JBS Friboi, por exemplo. Por que nós trabalhadores temos que pagar essa conta?”, questionou.