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Bastam os ataques aos direitos, Bolsonaro!

O ano de 2020 começou com anúncios de ataques de direitos e recuos no governo Bolsonaro. O Ministro da Economia - que quer liberar tudo para os patrões e aumentar a lucratividade dos mesmos reinstituindo o trabalho escravo (ultraliberalismo) - , tentou rebaixar o salário mínimo até da inflação e teve de recuar  repondo minimamente a inflação.  

Nos  governos   Lula   e Dilma, onde havia diálogo com os sindicatos e  a economia rodava, uma das   políticas  era  a de  valorização   do  salário   mínimo  acima   da  inflação,  para dar maior poder de compra aos trabalhadores e fazer a economia girar. Fazíamos acordos na área química com aumento real.

Outro grande estouro no governo no início do desse ano: o apagão geral na Previdência. Foram represados 2 milhões de benefícios, 800 mil em todo o Estado de   São   Paulo,   e   mais   de   400   mil   na   grande  São   Paulo,   região  macro   de Campinas, Jundiaí e São José dos Campos. Uma crueldade contra os trabalhadores em geral, contra os trabalhadores químicos que têm o direito de se aposentar, contra as mulheres  em  receber  o   auxílio-maternidade  e   os   doentes   em   receberem   oauxílio doença.

Pior de tudo, o governo  cancelou concursos públicos  que foram cortados depois   do   golpe   contra   Dilma   em   2016,   e   vem   chamar   às   pressas   7   mil militares aposentados para ganhar 30% a mais..... ( tentando agradar o seu eleitorado). Uma vergonha! Custaria mais barato realizar novos concursos públicos em todo o Brasil. Que falta de brasilidade de Bolsonaro.... os mais pobres que se   lasquem   sem   benefícios   da   previdência   para   sustentar   suas   famílias.....enquanto que no atual governo os ricos ficam isentos dos impostos quanto a dividendos   de   seus  lucros,   entre   outras   benesses  (   tá   difícil  ser   patrão   no Brasil!?)  e o agronegócio continua a ficar isento em mais de R$ 80 bilhões ao não contribuir para com a Previdência Social.

Um   bom   exemplo   internacional,   que   mostra   que   a   luta   vale   à   pena,   é   a movimentação   dos   sindicatos  franceses   que   estão   barrando   o   aumento   de idade com a proposta de nova aposentadoria do governo Macron.

Campanha Farmacêutica

O   momento   é   de   se   contrapor   contra   os   desmandos   desse   governo “surrupiador” de nossos direitos. A civilidade  exige mobilização e negociação permanente. Devemos fazer frente às ameaças do dia a dia desse governo e estar   discutindo   em   nossos   sindicatos   e   nos   locais   de   trabalho   o   respeito permanente   à   nossa   Convenção   Coletiva   conquistada   e   a   ter   aumentos salariais reais.

Apesar do governo não estar estimulando o desenvolvimentismo e o crescimento econômico, a indústria farmacêutica no ano de 2018 cresceu maisde 10% e não foi diferente em 2019. Queremos, portanto, os resultados denosso trabalho! Em decorrência da crise, as pessoas ficam mais doentes!

Airton Cano

Airton Cano |
Coordenador Político da Fetquim