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24 de Setembro de 2018

Quanto maior o salário, menor a chance de uma mulher ser contratada


Escrito por: Agências


Agências

Para cada mil mulheres contratadas em 2018, no Brasil, com remuneração maior do que vinte salários mínimos, foram empregados 3.120 homens – uma diferença de 212%. Na faixa de ordenados até dois salários mínimos, no entanto, o número cai para 1.510 homens contratados para cada mil mulheres (51% a mais).

Segundo os dados de geração de emprego divulgados na última sexta-feira, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, é possível chegar à conclusão de que, quanto maior o salário, maior a chance de um homem ser contratado para o cargo.

Quanto maior a remuneração, maior a quantidade de homens é contratada em detrimento a de mulheres.

Entre dois e cinco salários mínimos, a quantidade de homens admitidos em relação às mulheres é de 109% entre janeiro e agosto de 2018.  A diferença diminui nas faixas salariais de cinco a sete salários mínimos e de sete a dez salários mínimos: 66% e 86%, respectivamente.

A partir dos cargos com dez a 20 mínimos ou mais de remuneração, a diferença na quantidade de homens contratados e a de mulheres aumenta para 124%. Ou seja, para cada mil mulheres empregadas com essa faixa salarial, outros 2.240 homens foram contratados.

Baixos salários

Os dados do Caged também permitem concluir que empregos mais bem remunerados estão ficando cada vez mais escassos no Brasil. E isso acontece com ambos os sexos.

A única faixa de renda na qual o número de vagas formais apresentaram um crescimento é a que compreende de zero a dois salários mínimos.

Todas as outras, de dois a mais do que 20 salários mínimos, apresentaram queda. Essa mudança no perfil do emprego acontece para ambos os sexos