No dia 6 de outubro, a população irá mais uma vez às urnas eleger seus representantes. Desta vez, as eleições serão para a escolha de prefeitos e prefeitas, vereadores e vereadoras – uma oportunidade para renovar quadros políticos e estabelecer uma agenda de compromissos em acordo com as atuais demandas da sociedade.
A última composição das câmaras municipais em todo o estado de São Paulo é formada por uma maioria de políticos alinhados à direita e ao conservadorismo, comprometidos com setores do agronegócio, com o mercado especulativo e os “farialimers”, além do fundamentalismo religioso e o bolsonarismo enraizado. Essa composição anti-povo fez com que medidas trágicas fossem aprovadas, como a privatização da Sabesp, criação de escolas cívico-militares, sucateamento dos serviços públicos e até a proibição de entrega de alimentos a pessoas em situação de rua – no caso da capital.
Ainda que, por parte dos sindicatos e movimentos sociais, foram realizadas muitas lutas e ações de resistência na medida em que essas propostas iam para votação, não havia, contudo, votos suficientes para barrar tais propostas no plenário. E isso tem de mudar, pois é urgente garantir, ao menos, o equilíbrio de forças nas câmaras municipais.
Somente com a ampliação de lideranças do campo progressista será possível defender e fortalecer as pautas da classe trabalhadora nos espaços de formulação das políticas públicas. E também pautar o debate público.
Pesquisas de intenção de votos em muitas cidades paulistas, divulgadas até aqui, mostram que existe um desejo de mudança por parte da população na condução das políticas públicas municipais. Uma oportunidade para apresentar aos eleitores os nomes do nosso campo.
Além disso, uma bancada forte e representativa também dará sustentação ao governo Lula, que enfrenta diariamente um Congresso formado por muitos conservadores que atuam para impedir avanços no Brasil, boicotando ou postergando projetos.
Nas próximas semanas, temos o compromisso de ir às ruas, às portas de fábricas, demais locais de trabalho e escolas para dialogar com os trabalhadores e trabalhadoras sobre a importância de votar em quem os representam de verdade.