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31 de Março de 2020

Vozes se erguem contra a ditadura e o golpe de 1964, que continua sendo defendido por Bolsonaro


Escrito por: Agências


Agências
Legenda: Dez mil pessoas foram ao Ibirapuera em 2019 contra a ditadura e a violência do Estado, ontem e hoje

Uma série de atividades em redes sociais marcará, nesta terça-feira (31/03), o repúdio ao golpe de 1964 e seus defensores, além do apoio ao Estado democrático de direito. A partir das 14h, por exemplo, haverá um “twittaço” com hashtags como #ditaduranuncamais e #luto na janela. A lembrança mostra ser continuamente necessária, porque o atual governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) segue ecoando o movimento de 31 de março/1º de abril.

Hoje pela manhã Bolsonaro se referiu à data como "o grande dia da liberdade" e avisou que fará um pronunciamento público em rede nacional à noite. Movimentos sociais programam um "super panelaço" às 20h30.

O Ministério da Defesa teve a cara de pau de destacar na segunda-feira (30/03) que 1964 foi “um marco na democracia”, ainda que o regime instaurado naquele ano tenha significado cassações de opositores políticos, exílio, prisões, tortura, censura e desaparecimentos forçados, muitos não esclarecidos até hoje. A ordem do dia foi assinada pelos ministros da Defesa e das Forças Armadas – que nunca reconheceram sua responsabilidade institucional pelo golpe, contrariando uma das recomendações da Comissão Nacional da Verdade, em seu relatório final.

Protestos

Das 18h às 20h, haverá um “web-seminário”, com transmissão pelas páginas do movimento Vozes do Silêncio e da TV GGN, entre outras, com moderação do jornalista Luis Nassif e da procuradora da República Eugênia Gonzaga, ex-presidenta da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, destituída no ano passado por Bolsonaro. Depois, das 20h30 às 21h, está programado um “barulhaço” nas janelas, seguido de novo “twittaço” contra a ditadura.

A programação segue com entrevistas e show, das 21h30 às 22h. A partir desse horário, será exibido o filme O Dia que Durou 21 anos, dirigido por Camilo Tavares, que mostra a participação norte-americana nas origens do golpe.

Mais informações sobre as atividades podem ser nas redes e também pelo site https://vozesdosilencio.com.