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17 de Maio de 2018

Valor Econômico informa que Medley retomará mercado de genéricos


Escrito por: Fetquim


Fetquim

Reportagem do jornal Valor Econômico no dia 17/05 intitulada "Medley retorna às origens e lança mais genérico", informa que uma das mais tradicionais fabricantes de genéricos do país, a Medley, está com metas mais agressivas para seu portfólio e ampliação da produção para três turnos, nas unidades de Campinas (SP) e Suzano (SP). Por isso nós trabalhadores e trabalhadoras devemos ficar de olho nas ações da empresa, formas de contratação e dispensa de funcionários.

Somente neste ano, oito novos medicamentos dessa classe devem chegar ao consumidor, no maior número de lançamentos desde que a francesa Sanofi comprou o laboratório brasileiro, há quase 10 anos, segundo a reportagem.

Hoje, a Medley aparece entre as três maiores desse mercado em volume e é a vice-líder em valor de vendas. Mas, nos anos seguintes a 2009, quando houve a troca de controle, perdeu posições no ranking e acabou alcançada ou superada, conforme o critério analisado, por outras duas farmacêuticas brasileiras de peso, a EMS e a Hypera (antiga Hypermarcas).

Parte disso, diz a matéria do Valor, se deveu à estratégia de centrar esforços no mercado de similares, que cresceu a taxas de dois dígitos em valor no ano passado e tem margens melhores que as dos genéricos. Os resultados em termos de rentabilidade já apareceram e, em 2018, serão três lançamentos de similares, disse ao Valor o diretor da Medley, Carlos Aguiar.

Genéricos no Brasil

O mercado nacional de genéricos ainda mostra crescimento vigoroso, mas a concorrência acirrada e a prática de descontos elevados têm resultado em maior compressão das margens. No ano passado, segundo dados do instituto IQVIA, as vendas em valor no varejo farmacêutico cresceram 15,7%, a R$ 7,49 bilhões, considerando-se os descontos concedidos ao longo da cadeia. Em unidades, o crescimento foi de 11,7%, para 1,27 bilhão.

Para este ano, a meta da Medley é crescer acima do mercado nas duas classes de medicamentos. Para atender à demanda, a produção foi ampliada nas fábricas de Campinas (SP), que faz cerca de 90% dos produtos da divisão, e da Sanofi em Suzano (SP). Ambas estão trabalhando com três turnos.

"O Brasil vai crescer, apesar da instabilidade, e a estratégia é tentar se diferenciar", disse Aguiar. Para genéricos, a expectativa é de expansão de dois dígitos em volume e um dígito alto em valor neste ano. Em similares, a previsão é de alta de um dígito em receita e volume. Diante dos reajustes menores autorizados pelo governo, ressalta o executivo, a evolução do negócio vai depender cada vez mais do número de pacientes atendidos.

Para se distanciar das concorrentes, a Medley tem apostado em campanhas como o Hotel do Sono, ação lançada em 2017 com o objetivo de ensinar as pessoas a dormir melhor, ou então uma campanha sobre depressão, que chega ao público no segundo semestre. Outra estratégia, em desenvolvimento, é a busca de parceiros externos para entregar soluções (pacotes) ao paciente. "O medicamento e serviços relacionados a saúde", exemplificou.

A Medley tem peso relevante para os negócios da Sanofi no país. Em volume, são mais de 150 milhões de caixas de remédio comercializadas por ano, o equivalente a 50% das vendas da operação brasileira da farmacêutica francesa. Em receita, a contribuição é de aproximadamente 30% do consolidado no país. Conforme balanço sintético publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo, a Medley teve receita líquida de R$ 838,5 milhões no ano passado. Os genéricos representam 70% do faturamento.

Com uma média de dois a três lançamentos por ano nos últimos anos, a farmacêutica tem um portfólio robusto. São 130 moléculas em genéricos e 31 produtos no mercado de similares nas quatro principais áreas de atuação: sistema nervoso central (neurologia e psiquiatria), cardiologia, saúde feminina e gastroenterologia.