Ao menos um trabalhador brasileiro morreu a cada quatro horas e meia vítima de acidente de trabalho, em 2017. Esse dado é do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, desenvolvido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Entre os profissionais mais vitimados estão os que trabalham em linhas de produção; os técnicos de enfermagem; faxineiros; serventes de obras e motoristas de caminhões. Quem trabalha em contato com máquinas e equipamentos tem mais chances de se acidentar e de sofrer ferimentos mais graves.
Com base em informações disponibilizadas por vários órgãos públicos, o observatório estima que, entre o começo do ano passado e às 14h da última segunda-feira (5/03), foram registradas 675.025 comunicações por acidentes de trabalho (CATs) e 2.351 mortes.
“Porém, os números oficiais estão abaixo dos reais em razão da recusa de muitas empresas em realizar a abertura de CATs após acidentes”, lembra a advogada do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Erika Mendes.
Ainda de acordo com o observatório, entre 2012 e 2017, a Previdência Social gastou mais de R$ 26,2 bilhões com o pagamento de auxílios-doença, aposentadorias por invalidez, auxílios-acidente e pensões por morte de trabalhadores.