A Transportadora Associada de Gás (TAG), subsidiária que opera e administra gasodutos da Petrobras, entrou em processo de privatização. Pedro Parente, presidente da estatal brasileira de petróleo, anunciou que irá colocar no mercado 90% da participação que a empresa tem na gestão da transportadora.
A TAG possui mais de 4,5 mil quilômetros de gasodutos, instalados nas regiões Norte e Nordeste e que transportam cerca de 75 milhões de metros cúbicos de gás por dia. A empresa, criada em 2006, encerrou o ano passado com receita líquida de R$ 4,7 bilhões.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirma que, como a empresa é superavitária, "não há justificativas para a sua privatização".
Ainda segundo a FUP, a venda da TAG vai "desarticular a logística de transporte da Petrobras e deixará nas mãos de grupos estrangeiros o controle sobre os gasodutos do país". Sem o comando do transporte de gás, a Petrobras ficará refém dos preços e condições impostos pelas multinacionais, de acordo com a Federação dos Petroleiros.
Os resultados da privatização podem implicar em aumento das contas dos consumidores, aponta a entidade. Os petroleiros lembram também que esse processo de altas das tarifas já vem acontecendo com o gás de cozinha, a gasolina e o diesel, e que "a política de preços da Petrobras privilegia as distribuidoras e importadoras de combustíveis".