Os trabalhadores da 3M do Brasil, em Sumaré, recusaram em assembleia, nesta sexta-feira, 7 de agosto, a proposta da multinacional norte-americana para as condições de pagamento da participação nos lucros e resultados (PLR). Nas assembleias também foram abordados temas como a liberação da terceirização e a recusa da empresa em negociar uma pauta de reivindicações apresentadas pelos trabalhadores e protocolada oficialmente pelo Unificados – já foram agendadas três reuniões, todas desmarcadas pela 3M.
A 3M apresentou o valor de R$ 1.500,00 a título de PLR, condicionado ao cumprimento de metas por ela estabelecidas. Inicialmente, o valor seria pago a título de “adiantamento”. Caso as metas não sejam atingidas – e elas são rigorosas – os trabalhadores estariam então sujeitos a devolver parte do recebido.
Outra condição é de que os trabalhadores demitidos até 14 de agosto receberiam a PLR. Demitidos do dia 15 em diante teriam que devolver os R$ 1.500,00 de “adiantamento” na hora de homologação e, em março de 2016 se apuraria se teriam algo proporcional a receber.
Há três meses o Sindicato dos Químicos Unificados fez uma pesquisa junto aos trabalhadores da multinacional, que apontaram problemas que querem ver resolvidos. À época, o sindicato protocolou oficialmente na empresa uma pauta de reivindicações sobre as questões apontadas.
Desde então, a 3M agendou e depois desmarcou três reuniões para essa negociação.
As reivindicações
• Redução da jornada de trabalho, sem redução nos salários, com sábados e domingos livres;
• Fim da terceirização;
• Fim do assédio moral, com constante pressão por horas extras e por mais produção;
• Igualdade entre todos os trabalhadores nas condições do plano de saúde;
• Retorno do convênio odontológico anterior, pois o novo (o atual) é muito precário;
• Cestas básica/alimentação;
• Fim do acúmulo de funções;
• Plano de cargos e salários que efetivamente funcione e seja respeitado;
• Pagamento do salário substituição; e
• Melhores condições de trabalho.