O Grupo de Trabalho da FETQUIM/CUT e FEQUIMFAR/Força Sindical que discute os impactos da reforma trabalhista sobre os trabalhadores e trabalhadoras do ramo químico com o grupo patronal CEAG-10, da Fiesp, realizou nesta terça-feira (26/06) a primeira discussão sobre as pautas apresentadas por ambas as partes, na sede do Sindicato dos Químicos de SP.
“Estamos amadurecendo as reivindicações dos trabalhadores e patronais. De fato existem divergências enormes entre uma proposta e outra”, explicou Nilza Pereira, secretária de comunicação da Fetquim.
De um lado, os representantes dos trabalhadores - confiantes nos 30 anos de construção histórica da Convenção Coletiva dos Químicos - defenderam suas bases, e em especial, contra as alterações que impactariam diretamente na vida social dos trabalhadores e na qualidade de vida de suas famílias.
De outro, o patronato expôs suas intenções de compensar feriados por dias normais, estabelecer banco de horas por acordo individual, mexer nos turnos e no salário dos aprendizes (remetendo ao piso de salário mínimo e o pagamento proporcional a jornada trabalhada) e excluir os critérios de dispensa coletiva que constam na Convenção Coletiva.
Na questão do trabalho intermitente, José Roberto Squinello, representante do CEAG-10 da FIESP, sinalizou que o tema será “trabalhoso”, e informou que haverá alguma proposta patronal de regulamentação na CCT na próxima reunião do grupo.
Airton Cano, coordenador político da Fetquim, lembrou que "o trabalho por turno tem impactos diretos na saúde do trabalhador", e pediu explicações para a patronal sobre as homologações estarem sendo retiradas dos sindicatos.
A próxima reunião do Grupo de Trabalho (GT) dos representantes de trabalhadores com o CEAG -10 da Fiesp será no dia 31 de julho, às 10h, na sede da Fequimfar.