Um sinal amarelo acendeu na base do Sindicato dos Químicos do ABC, entidade que representa 40 mil trabalhadores de diversos setores, inclusive o estratégico polo petroquímico. No primeiro semestre, entre contratações e demissões, a base perdeu 1.400 vagas, especialmente no segmento plástico, que concentra metade da categoria.
“É um número considerável”, comenta o presidente da entidade, Raimundo Suzart. Baiano de Andaraí, na Chapada Diamantina, ele está na base da categoria química do ABC há 30 anos – tem 47. Eleita em novembro passado com 98% dos votos, a nova diretoria tomou posse em abril, e em julho último realizou seu 12º congresso – que, entre outros temas, discutiu o cenário político e a campanha salarial que se aproxima, em um ambiente turbulento.
Raimundo admite a crise. Mesmo assim, acredita que há espaço para fechar acordos com, no mínimo, a reposição da inflação. Até porque muitas empresas adotam uma tática que implica em uma redução salarial disfarçada: contratam trabalhadores com remuneração anterior à da data-base e, portanto, sem aumento.
Para ele, também há motivos para criticar o governo, mas ao mesmo tempo não tem dúvida de que se trata de um projeto a ser defendido. “Com todas as dificuldades, não podemos negar os avanços que a gente teve.”
Acompanhe entrevista completa do repórter Vitor Nuzzi
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