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03 de Julho de 2020

Sexta, 10/07: Centrais e movimentos lançam campanha ‘Fora, Bolsonaro’!


Escrito por: CUT


CUT

Não é possível mudar o rumo do país e retomar uma agenda democrática, com desenvolvimento, emprego, saúde, educação, Estado forte e justiça social com o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) no poder, inerte e sem comando, enquanto a pandemia do novo coronavírus acelera e a economia que já estava ruim, entra numa das piores recessões da história.

É esse o cenário que levou as centrais sindicais, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e partidos de oposição a se unirem para lutar pela saída de Bolsonaro.

Juntas, essas entidades vão lançar, na próxima sexta-feira (10), a Campanha ‘Fora, Bolsonaro’, realizando um Dia Nacional de Mobilização que, segundo o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, tem como objetivo debater com a sociedade as crises econômica e sanitária, a atuação ou falta de atuação do governo Bolsonaro e o fato concreto de que uma mudança só será possível com outro governo, eficiente, que enxergue o povo trabalhador e tenha um projeto de país, uma política econômica de desenvolvimento sustentável.

Dia Nacional de Mobilização ‘Fora, Bolsonaro’

O Dia Nacional de Mobilização ‘Fora, Bolsonaro’, primeiro ato da campanha, terá ações nas redes sociais, ações de rua simbólicas e um panelaço para denunciar e dialogar com a população que é preciso acabar com este governo, antes que ele acabe com mais vidas, direitos e até com a democracia do Brasil.

“O dia Nacional de Mobilização será o dia do grande debate com a sociedade, que precisa entender que, se quiser salvar vidas, empregos, o país e a democracia precisa se juntar a nós nesta campanha de ‘Fora, Bolsonaro’ e seu governo para colocar o país no rumo certo”, afirma Sérgio Nobre.

Orientação para os filiados

Como a CUT defende o isolamento social como uma das principais armas  contra a Covid-19, a orientação da direção nacional para as entidades filiadas é que sejam realizadas ações simbólicas nas principais cidades do Brasil com o objetivo de denunciar a política genocida de Bolsonaro frente à pandemia, como a instalação de cruzes brancas em locais de grande circulação de pessoas ou em pontos turísticos dessas cidades, respeitando sempre os cuidados sanitários e de distanciamento social. Bolsonaro vem tratando a pandemia com descaso e até zombando das mortes, dizendo que não é coveiro, e para piorar, o Brasil, que está sem ministro da Saúde há mais de dois meses, é considerado o pior gestor da crise sanitária do mundo.

Assembleias nos locais de trabalho, campanha de agitação, adesivaços, faixas nos viadutos, uso de carro de som nas comunidades, tuitaço e panelaço também estão sendo organizados para a campanha ‘Fora, Bolsonaro’. Um site exclusivo da campanha para centralizar todo o material estará no ar daqui alguns dias.

“Nós também vamos incentivar o uso de roupas pretas neste dia e que as pessoas coloquem faixas pretas nas janelas para simbolizar o luto e a tristeza devido as mais de 60 mil mortes nesta pandemia”, pontuou a Secretária-Geral da CUT, Carmen Foro.

De acordo com a dirigente, “a ideia é ir fortalecendo o diálogo para mostrar a importância de o povo se levantar para seguirmos firmes nesta campanha do ‘Fora Bolsonaro’”.

“Com este governo, as pessoas vão continuar morrendo e ainda ficar sem direito assegurado, sem saúde, sem educação, sem emprego e sem dignidade”, afirma Carmen. 

A Secretária de Mobilização e Movimentos Sociais, Janeslei Albuquerque, complementa dizendo que o governo Bolsonaro já não estava à altura de resolver os problemas que já estávamos enfrentando, como o desemprego e as crises econômica e social. Com a pandemia, este governo tem muito menos condições de enfrentar e apresentar soluções para o país.

Próximos passos da luta

Logo depois do Dia Nacional Dia Nacional de Mobilização, a Campanha ‘Fora, Bolsonaro’ promoverá uma Plenária Virtual no dia 11 de julho reunindo milhares de participantes de todo o país. Nesta atividade serão definidas as próximas ações da campanha.

Segundo a Comissão Organizadora, as entidades também farão mobilizações regionais para fortalecer os dias 10 e 11.

Pedido popular de impeachment

A CUT, movimentos sociais, frentes e organizações da sociedade civil, juristas, intelectuais e personalidades da política, do meio acadêmico e das artes estão fazendo um chamado à adesão para um pedido popular de impeachment do governo de Bolsonaro.

O objetivo é que este pedido seja expressão da vontade e posicionamento político de um numeroso e diverso conjunto de organizações da sociedade civil, dos movimentos populares e do movimento sindical e seja entregue ao Congresso Nacional na semana de 13 a 17 de julho.

A formalização da adesão ao pedido deverá ser feita através do preenchimento do formulário eletrônico até dia 10 de julho e quaisquer dúvidas formais ou jurídicas poderão ser esclarecidas pelo e-mail [email protected].