Sérgio Novais nos deixa legado sindical nacional e internacional na área química

Sérgio Novais, 62 anos, deixa sua marca e um amplo legado no ramo químico. “Era um organizador nato, um negociador habilidoso e também contribuiu para com a organização da própria Federação dos Trabalhadores Químicos da CUT no estado de São Paulo”, explica Airton Cano, coordenador político da Fetquim.

Além da atuação no próprio Sindicato dos Químicos do ABC, ele contribuiu muito para a consolidação da organização do ramo químico, da Confederação dos Trabalhadores Químicos da CUT, tendo dado continuidade ao trabalho internacional da CNQ e da sua  direção de finanças. Foi diretor da ICEM ( Internacional dos Trabalhadores Químicos), e após a fusão com todo o setor industrial, participou ativamente da Direção Executiva da Industriall Global Union. Nestes últimos anos dedicou-se à organização da Rede BASF  de toda a América Latina, e principalmente do Brasil, tendo sido coordenador desta rede por diversas vezes.

Remígio Todeschini, ex-presidente do Sindicato dos Químicos do ABC e assessor de Saúde e Segurança do Trabalho da Fetquim, relembra a trajetória do parceiro: “Sérgio Novais foi trabalhador da Cofade de Mauá-SP nos anos 80, que depois foi incorporada pela BASF,  e era um militante muito ativo e organizador da luta dos trabalhadores naquela fábrica. Militante da CIPA, foi escolhido pelos companheiros daquela fábrica para ser diretor de Base do Sindicato dos Químicos do ABC a partir de 1991, juntamente com Carlos Sanches (Carlão), quando na época assumi a presidência do Sindicato. Logo na primeira gestão do Sindicato passou a ser o coordenador da área da Paulicéia em São Bernardo do Campo e na sequência foi diretor de organização dos Químicos do ABC”. 

Em 23 de agosto de 1996, assumiu a Presidência do Sindicato dos Químicos do ABC, e foi reeleito até 2003 quando passou a Presidência para o companheiro Paulo Lage.  “Difundiu a partir da campanha salarial de 1998 a necessidade de ampliar a representação do local de trabalho, através do SUR, Sistema Único de Representação, acoplando a Comissão de Fábrica com a CIPA em diversas empresas. Também muito ativo no processo de qualificação profissional dos trabalhadores químicos do ABC, no projeto Alquimia, e na luta para garantir que a produção de higiene bucal, em 2001, da antiga Kolinos e atual Colgate, continuasse em SBC, como centro de produção de toda a América Latina. Sergio nos deixa cedo, aos 62 anos, uma dor imensa e irreparável para sua família e filhos, e para toda a categoria química”, reforça Todeschini.

Depois de uma semana de internação, Sergio Novais, veio a falecer em Santo André-SP, em 28/01/21. É uma perda imensa e irreparável para toda categoria química e a organização sindical,  para sua esposa Vera, seus filhos Thiago e Rodrigo. Nossa solidariedade e reconhecimento neste momento de luto! Sérgio Novais continuará sempre presente!!!!