O Seminário Internacional Saúde, Trabalho e Ação Sindical, promovido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), aconteceu no dia 18 de junho, na sede da Escola Sindical do Dieese, em São Paulo. O evento reuniu cerca de 150 pessoas, entre sindicalistas, representantes da academia e outras ligadas ao campo da Saúde do Trabalhador que debateram os efeitos da organização do trabalho sobre a Saúde do Trabalhador em todo o mundo. Estiveram presentes delegações da Argentina, Espanha e França.
O Diretor da Escola DIEESE de Ciências do Trabalho, Nelson Karan, afirma que o objetivo do seminário foi trazer o debate das relações do trabalho e da saúde junto com a classe trabalhadora. O trabalhador que realiza o processo, que vai resultar num produto final, é quem sente o peso das más condições de trabalho. “A dificuldade é o trabalhador perceber a relação da saúde com o ambiente do trabalho. Ele não reconhece o adoecimento como vinculado ao exercício do trabalho”, afirma ele.
O Trabalho permite o desenvolvimento da pessoa e faz construir a própria identidade. Para o representante do Conselho Nacional de Investigações Cientificas e Técnicas (Conicet) da Argentina, Julio Neffa, o trabalho também é um desafio. “O trabalho implica envolvimento, compromisso e se faz o que gosta pode ser até uma função terapêutica. É bom lembrar que não é o trabalho que adoece e sim a condição no qual se executa o trabalho”, finaliza ele.