Fonte: Folha Online
O rendimento real médio dos trabalhadores atingiu R$ 1.499,00 em setembro, registrando o patamar mais alto desde o início da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), iniciada em março de 2002, segundo dados divulgados.
A média contabilizada nos nove primeiros meses de 2010 (R$ 1.443,94) também é recorde para o período.
Cimar Azeredo Pereira, gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do órgão, destaca, entre os ganhos proporcionados pelo crescimento da economia, o maior nível de formalização do mercado de trabalho.
Na média, a alta 1,3% do rendimento médio do trabalhador de agosto para setembro, completa, também foi fruto desse maior dinamismo. Também pesou, avalia, a inflação sob controle.
De agosto para setembro, o contingente de trabalhadores formais cresceu 1% --ou alta de 103 mil pessoas ocupadas. Já ante setembro de 2009, houve expansão de 8,6% (816 mil pessoas). Por outro lado, caiu o total de trabalhadores sem carteira (-0,9%) em relação a agosto. Já o grupo dos sem carteira subiu 0,9% na mesma base de comparação. No confronto com setembro de 2009, esses contingentes registraram queda de 0,1% e 1,2%, respectivamente.
Ao observar a evolução do rendimento em cada um desses grupos, Azeredo Pereira afirma que restaram apenas no mercado de trabalho os postos de trabalho informais "de melhor qualidade" --ou seja, com renda maior. "Os com rendimento mais baixo ou saíram do mercado ou arrumaram uma ocupação formal."