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24 de Julho de 2017

Reforçar a Organização de Base e ocupar todos os espaços


Escrito por: Airton Cano


Airton Cano

 

 

            Frente às maldades do governo Temer de desmantelamento da CLT,  governo ladrão de nossos direitos e com diversas acusações gravíssimas de corrupção,   existem alguns espaços que devemos rapidamente ocupar. Um desses espaços é reforçar a organização de base por fábrica, tanto através do artigo 510 A, da contra-reforma trabalhista, como das demais representações acordadas entre empresa e Sindicato, assim como das CIPAS.

O Artigo 510 A, estabelece que a partir de novembro  de 2017, os trabalhadores/as poderão eleger seus representantes para negociações diretas com os patrões e ser fiscais das leis trabalhistas e dos acordos coletivos assinados pelos Sindicatos. Essa representação será de três trabalhadores para empresas que tenham entre 200 a 3.000 trabalhadores, e acima desse número a representação será de cinco trabalhadores. Deverá existir uma comissão formada por cinco trabalhadores que acompanharão o processo eleitoral.

É papel dos sindicatos, enquanto órgão de representação dos trabalhadores, alertar , informar e conscientizar os trabalhadores de todas as fábricas em nossas bases para que essa representação se efetive e não haja interferência patronal nesta escolha. Os trabalhadores representantes dos trabalhadores serão eleitos por um ano, e terão estabilidade durante esse período.

Todas as dificuldades e restrições que a contra-reforma trabalhista quer nos impor, poderá mediante nossa organização e luta  por local de trabalho  ser revertida.  Pra isso, é necessário, que arregacemos as mangas em todas as nossas bases para reforçar o papel da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), revigorar as comissões e representações já acordadas em cada sindicato, além de disputar essa nova representação.

A nossa nova pauta de reinvindicações poderá garantir que nos locais de trabalho onde já há acordos de representação com um número maior de representantes  prevaleça sobre a nova lei trabalhista, e que haja uma regulamentação detalhada na eleição desses representantes para que essa representação não fique em mãos patronais.

Toda a força para a organização de base para não termos nossos direitos rebaixados!