A Rede BASF de trabalhadores na América do Sul chega aos 23 anos de existência no dia 9 de julho. O objetivo dela não é competir com os sindicatos e sim desenvolver o diálogo social a partir de um entendimento comum sobre as políticas e parâmetros globais da BASF para todos os países onde a empresa atua.
“Na rede BASF não se realizam negociações específicas sobre cada uma das plantas. As demais lutas têm de ser feitas pelos sindicatos locais, por isso as redes de trabalhadores são vistas como uma oportunidade para fortalecer o trabalho dos sindicatos nas plantas”, explica Airton Cano, coordenador político da Fetquim e trabalhador BASF.
Histórico
A construção da rede BASF teve início a partir do “Euro Dialog”, comprometimento que a BASF firmou em 1995 para garantir representação de empregados nas unidades europeias.
Na época, a ICEM (Federação Internacional dos Trabalhadores da Indústria Química, de Energia e Mineração, que posteriormente transformou-se na industriALL Global Union) levou adiante a proposta para se criar uma rede de trabalhadores e trabalhadoras da BASF na América do Sul.
Sergio Novais, que morreu no início de 2021, foi peça chave para a criação da Rede BASF no Brasil e na América do Sul, como diretor da ICEM, diretor da IndustriALL, e coordenador da Rede BASF por diversas vezes.
No Brasil, a criação da primeira Comissão de Fábrica em uma unidade da BASF data do início dos anos 90. O diálogo social ampliado (feito entre a rede com a empresa) ocorre a cada dois anos e já ajudou a planificar políticas, salários, direitos e benefícios.
Além disso, a consolidação da Rede BASF na América do Sul inspirou a constituição da Rede BASF na Ásia.