A rede BASF voltou a se reunir presencialmente nos últimos dias 4 e 5 de julho, em São Paulo, para analisar as tendências globais da indústria, as operações da BASF no mundo, questões sindicais e trocar informes do cenário pós-pandemia de Covid-19, 20 e 21.
Na BASF Brasil foram 1992 casos de Covid registrados, sendo 756 entre terceirizados, o que corresponde a uma taxa de contaminação de 37,9%. Destes, 5 contratados e 6 terceirizados morreram.
A pandemia ceifou 671 mil vidas no Brasil, 130 mil na Argentina, quase 60 mil no Chile e 215 mil no Peru. Temos hoje no Brasil uma taxa de desemprego de 11% e inflação de mais de 10%. As políticas regressivas de enfraquecimento da indústria, emprego, direitos e proteção social colocou o nosso país novamente no mapa da fome. Apenas em São Paulo 35 mil pessoas passaram a viver nas ruas. Esta situação de miséria leva ao arrocho salarial, medo, adoecimento mental e físico dos trabalhadores e trabalhadoras.
Airton Cano (na foto), coordenador político da FETQUIM e trabalhador BASF, lembrou que a política de desindustrialização no Brasil e a guerra Rússia -Ucrânia estão impactando os negócios da empresa no País e na região, com o fechamento de unidades industriais produtivas. A flexibilização laboral e o temor da perde de emprego dificultam a sindicalização e debilitam a negociação coletiva.
Lucineide Varjão, vice-presidenta da IndustriALL Global Union na América Latina e Caribe, destacou a importância das eleições para todos os países da região. "É o momento de derrotar a chamada "Aliança de Lima", uma onda de governos de direita com Duque (Colômbia), Piñera (Chile), Macri (Argentina), e Bolsonaro (Brasil). Que a eleição de Gustavo Petro e Francia Márquez na Colômbia sinalize uma mudança de rota para o Brasil", disse ela.
No próximo dia 9 de julho a Rede BASF completa 23 anos. Durante o encontro foi feita uma homenagem ao companheiro Sergio Novais, que morreu durante a pandemia (no início de 2021) e foi um dos principais articuladores da rede. Relembre aqui.