A sociedade civil organizada está se mobilizando e já começou a dar o recado, nas ruas, nas redes e no parlamento: "Criança não é mãe! Estuprador não é pai!" . Atos de repúdio contra o PL 1904, conhecido como PL do Estupro, tomaram conta de diversas cidades do Brasil neste final de semana.
Os químicos também participaram do ato em São Paulo, realizado sábado (15/06) na Av. Paulista. Nilza Pereira Almeida, secretária de Comunicação da FETQUIM e secretária-geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora, reforça que o projeto foi colocado em regime de urgência em uma manobra sórdida de bolsonaristas junto ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), para impedir que passe pelas comissões e tenha a tramitação acelerada e antidemocrtática.
Se aprovado, o PL 1904 atingirá principalmente crianças, que são a esmagadora maioria das vítimas de abuso sexual em nosso país, ao equiparar o aborto após 22 semanas ao crime de homicídio, o que renderia às vítimas uma pena de até 20 anos (!!!) – superior à punição de abusadores, que podem pegar até 12 anos de prisão.
"Após a reação das ruas, Arthur Lira parece estar recuando, chegou a dizer que o compromisso da sua legenda com a bancada evangélica era votar apenas a urgência do projeto de lei, e não de levá-lo a plenário, temos que continuar nos mobilizando, assine o abaixo-assinado contra o PL 1904 (clique aqui), envie seu repúdio ao deputados favoráveis ao projeto nas redes sociais e denuncie", explica nossa dirigente química.
Criança não é mãe! Estuprador não é pai!