A farmacêutica Pfizer é uma das empresas à frente na corrida pela vacina contra a Covid-19, em parceria com o laboratório alemão BioNtech. A empresa, segundo a grande mídia, divulgou que teve lucro líquido de US$ 3,4 bilhões no primeiro trimestre de 2020. Diante de tal resultado, o esperado seria que a multinacional melhorasse as condições de trabalho de todos os seus trabalhadores e trabalhadoras, porém não é o que tem acontecido.
Segundo denúncias, os trabalhadores vêm sofrendo grande pressão dos supervisores para atingirem as metas diárias. Em alguns casos, como no Setor de Utilidades e Infraestrutura, essas cobranças já configuram Assédio Moral, pois ameaças do tipo “se não fizerem, mando embora”, foram feitas pela chefia. Ainda de acordo com denúncias, expressões preconceituosas como “minhas baianadas” foram usadas para se referirem aos trabalhadores.
Em reunião realizada no dia 3 de julho a Pfizer afirmou não ter conhecimento de tais fatos e se comprometeu a apurar o caso.
Tratamento igual para todos
Em maio, a Pfizer premiou os que estão trabalhando presencialmente (R$ 4.200,00), porém os trabalhadores terceirizados e aqueles que trabalham em casa, por conta da pandemia, não receberam nada.
O Sindicato dos Químicos Unificados está reivindicndo que a premiação seja concedida a todos, sem exceção, uma vez que o trabalho e a dedicação são os mesmos e não deve haver distinção. A empresa argumenta que foi uma decisão global da Pfizer, mas que levará a proposta de pagamento para todos à direção.
Ainda sobre os terceirizados, o sindicato alertou para a existência de trabalhadores que há mais de cinco anos executam tarefas críticas na empresa, sob a promessa de que serão efetivados pela Pfizer, mas até hoje isso não aconteceu.
A empresa afirmou que tem interesse nas efetivações e que vai estudar o caso.
É essencial que os trabalhadores da Pfizer, efetivos e terceirizados, permaneçam junto ao sindicato para pressionar a empresa e obter avanços na fábrica..