Depois de muitas conversas com o sindicato dos empresários, a diretoria do Sindicato dos Químicos de SP aprovou em assembleia virtual a garantia de reposição integral da inflação, que deve chegar a 6,50% (segundo a prévia do Banco Central), para os trabalhadores do setor farmacêutico.
Considerando uma conjuntura de crise econômica e estagnação da economia mundial provocada pela COVID-19, a diretoria do Sindicato avalia o resultado das negociações positivamente.
O índice de reajuste oficial deve ser divulgado até o dia 10 de abril e deve ser aplicado em todos os salários até o teto de R$ 8.800.
O vale-alimentação passa a ser R$ 266 (para empresas até 100 trabalhadores), correção de 10,5%; e R$ 400 (para empresas com mais de 100 trabalhadores), correção de 10,6%. O subsídio para medicamentos será corrigido pela inflação.
Deusdete das Virgens, diretor do Sindicato e coordenador de Finanças da Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico), lembra que o setor garantiu também os direitos da convenção coletiva até 2023 e isso, sem dúvida, neste momento é um ganho imensurável. “Vivemos um momento em que o governo pressiona de todos os lados pela retirada de direitos e nós conseguimos estender todos os direitos para os farmacêuticos até 2023”, lembra o dirigente.
Com a inflação pesando mais sobre os itens alimentares, o sindicalista salienta ainda que um reajuste de mais de 10% no vale-alimentação também é uma conquista importante neste momento.
A PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos farmacêuticos não teve reajuste. Porém, a grande maioria das empresas têm programas próprios, baseados em lucros e metas de cada empresa.
Os trabalhadores votaram pela assinatura do acordo em assembleia virtual realizada no último domingo, 28.