A pesquisadora da UFES, Ana Paula Colombi, fez uma radiografia precisa e alarmante dos desafios do movimento sindical, da crise de organização e da mobilização em sua apresentação para discutir o Sindicalismo do Futuro. Ela traduziu algumas respostas da população como a resistência em ser CLT:
"Quando a classe trabalhadora diz nas pesquisas e redes sociais 'não precisamos de CLT, ela não está dizendo 'não queremos direitos'. Ela tá dizendo: 'não é porque tenho carteira assinada que isso inibe a condição de subalternação e exploração"".
Segundo ela, a esquerda progressista foi colocada como defensora da CLT e não está apta a combater a opressão dos empregadores: "Os trabalhadores estão dizendo: a CLT não é capaz de barrar a violência no ambiente de trabalho, as ilegalidades, os assédios, a exploração da capacidade de controlar o tempo de vida".
Ana Paula Colombi lembrou ainda que nas pesquisas de opinião sobre a confiança nas instituições os sindicatos aparecem sempre quase empatados com os partidos políticos e Congresso Nacional. O índice de confiança gira em torno de 38%a a 45%a, ou seja, a popule não confia nos sindicalistas.
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