A Fetquim repudia veementemente o encontro de empresários do grupo Coalizão Indústria na última quinta-feira (6/05) com o presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, o que incluiu representantes do setor plástico, químico e farmacêutico.
Ao lado de empresários de montadoras de veículos, eletrônicos, construção civil, calçados, brinquedos, comércio exterior, têxteis, máquinas e equipamentos, que representam 45% do PIB do país, eles se somaram ao discurso do presidente de que a economia está na UTI e de que milhares de CNPJs (empresas) vão morrer se a quarentena for mantida.
Em que pese os vários interesses contidos nesta visita no sentido de reindustrialização no país e reconversão industrial para atender às demandas geradas pela pandemia de Covid19, a postura do presidente Jair Bolsonaro de ignorar o povo brasileiro é bem clara.
A Fetquim lembra a estes empresários que eles têm responsabilidade social , responsabilidade com os empregos. Uma economia sadia também depende de vidas humanas, vidas que compõem sua força de trabalho e seu mercado consumidor – além de ações governamentais de investimento público, proteção social, zelo com as riquezas naturais e a soberania nacional.
CNPJ não tem vida, pode se recuperar, mas a vida humana, não.
Se estes empresários não se sentem representados pela fala de Bolsonaro e se estão constrangidos pela repentina visita ao Supremo Tribunal Federal (STF) para pressionar o Legislativo pelo fim da quarentena – como revela a grande imprensa – que deixem sua postura bem clara, em carta aberta ao público.
A omissão é neste momento a principal arma de propagação do novo coronavírus.