A assessoria de Previdência e Saúde da FETQUIM, a partir de dados estatísticos do INSS, constatou que no início de novembro de 2021, 1,85 milhão de pedidos de benefícios feito há mais de um ano pelos segurados estão numa enorme fila de espera na Previdência. São mais de 760 mil benefícios aguardando por uma perícia médica para auxílio doença e aposentadoria por invalidez, e mais de 1 milhão de outros benefícios, entre os quais aposentadorias e pensões.
Airton Cano, coordenador político da Fetquim, afirma que “a crueldade da política neoliberal do governo Bolsonaro prioriza o pagamento trilionário dos juros bancários extorsivos da dívida interna ao sistema financeiro e atrasa deliberadamente quase 2 milhões de benefícios do INSS deixando famílias ao relento e sem subsistência". "Sem deixar de falar da PEC do Calote que atrasará por anos os precatórios dos que tem direitos a receber da Previdência por causa de processos na Justiça ”.
Segundo a Assessoria, a causa dessa longa espera é que a Previdência deveria abrir concurso para mais de 2 mil médicos peritos, além dos 3.500 existentes. Deveria abrir também concursos para 10 mil servidores do INSS, já que milhares de analistas e técnicos previdenciários se aposentaram nos últimos três anos. E pior: abriu vagas temporárias na Previdência para dar uma “boquinha” para militares aposentados atrasando ainda mais a concessão por desconhecerem a complexidade da matéria Previdenciária.
André Alves, secretário de Saúde da Fetquim e diretor dos Químicos Unificados de Campinas, denuncia que na ida de Guedes a Dubai, o ministro mentiu ao dizer “ que o governo cortou privilégios na Previdência, quando na realidade melhorou a Previdência dos militares e exigiu que os trabalhadores mais pobres trabalhem até a morte, por terem expectativa de vida próximo aos 65 anos”. André continua denunciando o governo: “ Na realidade com as novas regras draconianas, Bolsonaro e Guedes destruíram os direitos previdenciários e agora vêm criminosamente atrasando os benefícios sagrados dos trabalhadores após contribuírem longos anos prara a Previdência".
Fonte: Assessoria de Previdência e Saúde da Fetquim-CUT e INSS.