A Fetquim - Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT - vem denunciar a política arbitrária e desumana da Merial- Boehringer, contra os trabalhadores e trabalhadoras da planta de Paulínia - obrigados a cumprir jornada de segunda a sábado desde o dia 1 de janeiro de 2019, de modo a sacrificar o convívio familiar e a qualidade de vida.
Todos os protestos e assembleias intermediadas pelo Sindicato dos Químicos Unificados de Campinas foram ignorados pela empresa, o que motivou a decisão dos trabalhadores e trabalhadoras de entrar em greve por um dia. Além disso, a empresa impôs banco de horas nas unidades de Campinas e Paulínia.
Importante lembrar que a Convenção Coletiva da categoria deixa claro que compensação de jornada não se aplica a quem trabalha em turnos e, nos casos em que é permitido, é necessário que os trabalhadores e as trabalhadoras decidam em assembleia realizada pelo sindicato - o que não ocorreu.
O Sindicato Químicos Unificados realizou assembleias dia 29/01 e os companheiros decidiram pela anulação das alterações realizadas na jornada de trabalho e em favor da implantação da 5ª turma, o que poderia solucionar as demandas por produção.
A Fetquim reitera a necessidade do cumprimento da Convenção Coletiva da categoria, do respeito às relações sindicais e à voz dos trabalhadores.
Na Merial, até então, os companheiros folgavam sábado e domingo alternados.
A Fetquim entende que o descanso nos finais de semana é fundamental para garantir a saúde do trabalhador. Ao mudar a jornada, a Merial está privando os trabalhadores e trabalhadoras de terem qualidade de vida. Esta situação favorece o stress, o sofrimento psíquico, adoecimento físico e acidentes.