Quarta-feira, 8 de Março, Dia Internacional de Luta das Mulheres, todos os movimentos feministas e centrais sindicais farão atos em diversas cidades para chamar a atenção da sociedade sobre as desigualdades que potencializam as diversas formas de violência contra as mulheres, tanto no mercado de trabalho como em todos os espaços da vida.
Na capital paulista o ato “Mulheres em defesa da Democracia” será às 17h no Vão Livre do Masp, na Avenida Paulista. Já em Campinas a concentração ocorrerá no Largo do Rosário, às 17h30.
A secretária da Mulher Trabalhadora da Fetquim, Rosângela Paranhos, lembra que a luta é constante. No mercado de trabalho nossa luta é pela equiparação salarial com os homens, pela ocupação pelas mulheres dos cargos de chefia, pelo respeito às grávidas e lactantes e em casa contra o machismo, pelo combate à violência, pela divisão equiparada dos cuidados do lar, dos cuidados com os filhos, doentes e idosos que sempre recaem em cima da mulher.
No setor farmacêutico o salário médio dos homens é de RS 8538,22 enquanto o de mulheres é de RS 7934,93.
Violência física
Além disso, a violência contra mulher consta como terceiro indicador de violência mais registrado pela Rede de Observatórios, atrás apenas de eventos com armas de fogo e ações policiais — que tradicionalmente ocupam o noticiário policial.
Em 2022 uma mulher foi vítima de violência a cada quatro horas: foram 2.423 casos — e 495 deles terminaram em morte, segundo o boletim “Elas Vivem: dados que não se calam”, da Rede de Observatórios da Segurança.
A maior parte dos registros nos sete estados brasileiros tem como autor da violência companheiros e ex-companheiros das vítimas. São eles os responsáveis por 75% dos casos de feminicídio.