Em nota oficial, a Central Única dos Trabalhadores repudiou o crime ocorrido com a jovem menor de idade moradora da zona Oeste do Rio de Janeiro, violentada por 33 estupradores. O texto destaca que no Brasil, uma mulher é estuprada a cada 11 minutos, e a maioria das vítimas (25%) são as mulheres da classe trabalhadora, pobres e negras.
"Todos sentimos medo.O homem sai na rua e fica com medo de assalto, de roubo de bens. As mulheres também, mas além disso sentem medo de ser bolinadas, serem esfregadas, violadas e estupradas nas ruas, no transporte coletivo e às vezes até na própria casa. Isso precisa acabar definitivamente", comenta a diretora do Sindicato, Lucimar Rodrigues, coordenadora da Comissão das Mulheres Químicas do ABC.
A Central também convoca o movimento sindical cutista a refletir e combater a cultura machista internalizada na sociedade brasileira, e denuncia o governo golpista de Michel Temer que primeiro desmontou o Ministério da Cidadania, responsável pela pasta da Secretaria de Política para Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, e depois escolheu para a Secretaria das Mulheres uma parlamentar fundamentalista que, entre outros absurdos, ataca os direitos sexuais das mulheres e seus direitos reprodutivos.
“Declaramos nosso apoio ao coletivo de feministas de todo o Brasil e a elas nos unimos na campanha Vigília Feminista ?#EstuproNuncaMais para denunciarmos a cultura do estupro e estimular a sociedade brasileira a combatê-la em suas múltiplas dimensões. Juntas somos fortes!”.