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02 de Maio de 2018

Luta por direitos, contra o descaso do poder público e por 'Lula livre' marcam o 1º de Maio


Escrito por: Fetquim


Fetquim

Diversas lideranças do Ramo Químico da CUT participaram da atividade realizada na Praça da República, no centro da cidade, neste 1º de Maio de 2018. “É um dia histórico e um momento de luta para todos os trabalhadores e trabalhadoras do País. Nós químicos e farmacêuticos estamos unidos pela revogação da reforma trabalhista, resistindo à retirada de direitos, ao fim da aposentadoria e da Seguridade Social", disse Airton Cano, coordenador político da Fetquim-SP, para a multidão presente. "É hora de unidade na luta! Todos e todas em defesa da democracia e da retomada de direitos", concluiu.

Uma das palavras de ordem foi "Lula livre", em referência à condenação e ao julgamento político do ex-presidente Lula, que governou para todos e retirou 40 milhões de brasileiros da pobreza. "A liberdade de Lula e a retomada dos direitos da classe trabalhadora, que foram roubados pelo atual governo golpista e ilegítimo de Michel Temer  são bandeiras de luta que unificam todos os trabalhadores e trabalhadoras de Norte a Sul, Leste a Oeste e Nordeste do país", definiu o presidente da CUT, Vagner Freitas. “Se quisermos a possibilidade de desenvolvimento, de retomada do crescimento da economia, de fortalecimento de direitos, a única via é a democrática. Sem ele nas eleições, o caminho será o fascismo, a intolerância e o agravamento da situação do país”, disse. 

Em São Paulo, ato é marcado por protesto contra descaso do poder público junto às vítimas do incêndio

Um dos marcos da atividade realizada na Praça da República foi a lembrança do descaso do poder público com as 400 vítimas do incêndio seguido por desabamento ocorrido na madrugada de terça-feira no Edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo. 

Os manifestantes cobraram  a investigação do incêndio que aponta para as responsabilidades do poder público pelo desabamento do edifício de 24 andares, que abrigava centenas de famílias de moradores sem-teto. O golpista Michel Temer, esteve no Paissandu, e foi "expulso" pelos manifestantes.

“Gostaria de falar para o prefeito e para o governador de São Paulo que a responsabilidade por essa tragédia é deles. As famílias não ocupam porque gostam, elas ocupam porque precisam. Quem ocupa não tem culpa. Convidamos a todos que se indignaram com isso, que se juntem aos movimentos por moradia, porque o governo (de Michel) Temer está tirando dinheiro da moradia popular”, ressaltou Natalia Szermeta, representante da Frente Povo Sem Medo e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Coordenador nacional e estadual da União Nacional por Moradia Popular (UNMP), Sidney Pita, disse que o movimento promete ampliar as mobilizações. “O prédio desabou pela falta de responsabilidade do governo federal. Exigimos que o caso seja investigado e o número real de vítimas seja apresentado. Nos manteremos mobilizados até que as investigações sejam feitas”, cobrou.