Diversas lideranças do Ramo Químico da CUT participaram da atividade realizada na Praça da República, no centro da cidade, neste 1º de Maio de 2018. “É um dia histórico e um momento de luta para todos os trabalhadores e trabalhadoras do País. Nós químicos e farmacêuticos estamos unidos pela revogação da reforma trabalhista, resistindo à retirada de direitos, ao fim da aposentadoria e da Seguridade Social", disse Airton Cano, coordenador político da Fetquim-SP, para a multidão presente. "É hora de unidade na luta! Todos e todas em defesa da democracia e da retomada de direitos", concluiu.
Uma das palavras de ordem foi "Lula livre", em referência à condenação e ao julgamento político do ex-presidente Lula, que governou para todos e retirou 40 milhões de brasileiros da pobreza. "A liberdade de Lula e a retomada dos direitos da classe trabalhadora, que foram roubados pelo atual governo golpista e ilegítimo de Michel Temer são bandeiras de luta que unificam todos os trabalhadores e trabalhadoras de Norte a Sul, Leste a Oeste e Nordeste do país", definiu o presidente da CUT, Vagner Freitas. “Se quisermos a possibilidade de desenvolvimento, de retomada do crescimento da economia, de fortalecimento de direitos, a única via é a democrática. Sem ele nas eleições, o caminho será o fascismo, a intolerância e o agravamento da situação do país”, disse.
Em São Paulo, ato é marcado por protesto contra descaso do poder público junto às vítimas do incêndio
Um dos marcos da atividade realizada na Praça da República foi a lembrança do descaso do poder público com as 400 vítimas do incêndio seguido por desabamento ocorrido na madrugada de terça-feira no Edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo.
Os manifestantes cobraram a investigação do incêndio que aponta para as responsabilidades do poder público pelo desabamento do edifício de 24 andares, que abrigava centenas de famílias de moradores sem-teto. O golpista Michel Temer, esteve no Paissandu, e foi "expulso" pelos manifestantes.
“Gostaria de falar para o prefeito e para o governador de São Paulo que a responsabilidade por essa tragédia é deles. As famílias não ocupam porque gostam, elas ocupam porque precisam. Quem ocupa não tem culpa. Convidamos a todos que se indignaram com isso, que se juntem aos movimentos por moradia, porque o governo (de Michel) Temer está tirando dinheiro da moradia popular”, ressaltou Natalia Szermeta, representante da Frente Povo Sem Medo e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Coordenador nacional e estadual da União Nacional por Moradia Popular (UNMP), Sidney Pita, disse que o movimento promete ampliar as mobilizações. “O prédio desabou pela falta de responsabilidade do governo federal. Exigimos que o caso seja investigado e o número real de vítimas seja apresentado. Nos manteremos mobilizados até que as investigações sejam feitas”, cobrou.