O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, se reuniu hoje no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, com representantes das centrais sindicais e do grupo de transição que se dedica a estudar a retomada do trabalho e do emprego, para discutir como colocar os trabalhadores e as trabalhadoras na centralidade do governo, envolvê-los nos conselhos e decisões políticas, garantir aumento real no salário mínimo e reconstruir o Ministério do Trabalho, entre outros assuntos.
Nilza Pereira Almeida, secretária-geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora e secretária de Comunicação da Fetquim, esteve presente. Segundo ela, foi discutida também a questão da sustentação sindical. "Dissemos em unanimidade que não queremos a volta do imposto sindical e sim que os trabalhadores decidam em assembleias como sustentarem seus sindicatos. Lula foi receptivo, ideia é que o Fórum das Centrais apresente propostas de como seriam estes procedimentos para a sustentação dos sindicatos", explicou.
O GT já adiantou a Lula que vai propor a revogação PEC 32 (que atinge setor público) e pontos da reforma trabalhista, como o trabalho intermitente e carteira verde e amarela, além do fim da terceirização generalizada.
Outra discussão forte foi sobre salário mínimo e a importância dele para fazer a economia girar. Lula disse que deve anunciar o novo mínimo com um bom aumento.
Lula agradece
Lula agradeceu muito o apoio, empenho das centrais e a militância do movimento que foi um dos pilares da campanha. Para ele, "ganhar a eleição foi uma vitória além das nossas forças, vencemos o Bolsonaro mas não o bolsonarismo". "Ele disse que o movimento sindical precisa modernizar a comunicação para falar que pegamos um país quebrado, explicar como está e apresentarmos nossas propostas", disse Nilza.
O lema da posse será "Vamos empossar o amor a esperança". Lula convidou todos e todas para diplomação e o dia da posse.
Entidades presentes no encontro
CUT, Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Força Sindical, UGT, CTB, NCST,CSB, Pública, Conlutas, Intersindical Instrumento de Luta, Fetquim, Fequimfar, Bancários (Contraf), Metalúrgicos do ABC, Apeoesp, Contag, FUP, Metalúrgicos Grande Curitiba, Federação dos Metalúrgicos de São Paulo, Eletricitários, Trabalhadores da Construção SP, Fenamoto.