O Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo suspendeu as demissões de funcionários da Rhodia em Cubatão (56 km de São Paulo). A empresa é acusada de descumprir o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado em 1995 com o Ministério Público, que estabelece garantia provisória de emprego a funcionários com doenças ligadas à contaminação por produtos tóxicos.
A Rhodia teve sua antiga fábrica na cidade fechada em 1993 após denúncias de contaminação de trabalhadores e do ambiente por produtos tóxicos.
A desembargadora Sonia Maria Prince Franzini concedeu liminar (decisão provisória) favorável ao Ministério Público do Trabalho em audiência de conciliação na última terça-feira (15). A empresa havia negado acordo para suspender as demissões.
A procuradora do Trabalho Suzana Leonel Martins fez o pedido da suspensão das demissões para que os trabalhadores tenham tempo de ajuizar ações contra a Rhodia e porque havia dúvida sobre o estado de saúde deles.
O diretor da Associação de Combate aos Poluentes, José Cícero Britto, afirmou que cerca de 30 funcionários da Rhodia já morreram desde 1993 devido a contaminação. Segundo os trabalhadores, foram provocados problemas como câncer, hepatite e no coração.