INTENSIFICAR O TRABALHO DE BASE PARA ENFRENTAR A TERCEIRIZAÇÃO

Tanto a nova lei de terceirização como a contra-reforma trabalhista querem impor um jogo de queda de braço para o mundo do trabalho. A Terceirização provoca o retalhamento da representação sindical, pelo fato de existirem diversas empresas na empresa principal, e transformar trabalhadores em PJs ( empresa formada por um trabalhador). Isso enfraquece os trabalhadores com queda dos salários e as condições de trabalho em geral no chão de fábrica. Se não bastasse isso, com a contra-reforma trabalhista ao serem derrubados vários direitos trabalhistas, a correlação de forças  só penderá para o poder econômico patronal. Aumentará ainda mais a exploração patronal, ferindo de morte a  distribuição de renda. Pior que nesse momento de crise aguda tanto política ( O Temer ladrão acusado de corrupção) como econômica ( recessão e desemprego) querem esvaziar a negociação coletiva, e impor que o que está na lei pode ser derrubado em acordos sem a presença dos sindicatos. Uma imposição que arrasa nossos direitos conquistados nestes últimos 100 anos, quando comemoramos os 100 anos da primeira greve geral do Brasil em 1917.

Estamos entrando neste segundo semestre com acampanha salarial de vários setores econômicos e devemos intensificar daqui para frente o trabalho de base. Se ficarmos presos dentro das nossas sedes e subsedes e estruturas sindicais estaremos nos distanciando do que os trabalhadores e trabalhadoras querem no chão de fábrica.  Voltar-se mais para a base significa dialogar todos os dias nas portas de fábrica, ampliando inclusive a sindicalização. Comunicar-se em grupos nas redes sociais. Ampliar o trabalho permanente de formação das bases, não somente com os dirigentes sindicais. Dialogar permanentemente e ampliar as várias representações nos locais de trabalho, comissões, representações unificidas e CIPAS. Comunicar-se mais frequentemente com os trabalhadores com nossos boletins sindicais. Criar grupos de zap, e divulgar mais nossos canais das redes sociais, além de reforçar nossa imprensa alternativa como a TVT (44.1 – Digital – 12 Net) e Rádio Brasil Atual (98.9 FM).

A resistência a esse modelo neoliberal e de quebra de direitos contra os trabalhadores e a tentativa de fracionamento do movimento sindical  só poderá ser enfrentado com as direções sindicais junto às  bases. No plano nacional o Fora Temer, as Diretas Já, com eleições gerais é contraponto à essa conjuntura negativa pró-capital e mercado.