A principal diretriz tomada durante o Seminário Internacional sobre a Indústria de Fertilizantes "Resposta sindical aos desafios atuais", realizado nos últimos dias 23 e 24 de outubro, em São Paulo, pelo sindicato global IndustriALL Global Union foi estabelecer uma ação mais direta sobre o Brasil.
Além de protagonista no agronegócio mundial, o Brasil vem sofrendo com fusões, aquisições de empresas do ramo; e desrespeito aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
A história da Yara no Brasil, que já abocanhou empresas como a Adubos Trevo em 2000, a Fertibrás em 2006 (ocupando a segunda colocação no mercado nacional) e a aquisição da área de fertilizantes da Bunge em 2013 (consolidando assim sua liderança em território nacional), foi tema de diversas discussões.
Além de possuir 15 mil trabalhadores em todo o mundo a empresa não adota as mesmas práticas de segurança e respeito aos trabalhadores, segundo os representantes sindicais presentes ao encontro.
Outras empresas bastante mencionadas foram a Mosaic - que no Brasil atua na produção, importação, comercialização e distribuição de matérias-primas, fertilizantes para aplicação em todas as culturas agrícolas e ingredientes para nutrição animal -, e a Heringer - que opera em território nacional exercendo suas atividades por meio de 19 unidades de produção, comercialização e distribuição de fertilizantes sendo 16 próprias e 3 terceirizadas.
Kemal Özkan, secretário-adjunto da IndustriALL Global Union, encerrou o encontro dizendo: "Temos que fazer algo no Brasil. Tem que ser parte do nosso trabalho internacional. Isso ficou claro aqui".
Representantes do movimento sindical do Brasil, Colômbia, Itália, Noruega, Trinidad Tobago, Uruguai, Suíça e Bélgica além de diferentes centrais sindicais, como CUT, Intersindical e Força Sindical, manifestaram o caráter unitário do encontro e se comprometeram com a formação de uma rede de informações para fortalecer a luta.