Fonte: DCI
Alguns setores da indústria brasileira estão gastando cada vez mais energia para produzir a mesma quantidade de reais. A constatação foi feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e consta do estudo Sustentabilidade Ambiental no Brasil: Biodiversidade, Economia e Bem-Estar Humano, divulgado hoje (15). O relatório mostra que a indústria nacional anda no sentido oposto ao desejável e que hoje é perseguido pela maioria das indústrias mundiais, que é produzir cada vez mais sem aumentar o consumo de energia.
“Alguns ramos do setor industrial, em especial ferro-gusa, minerais não metálicos, aço, papel celulose e, em menor intensidade, indústria química, estão gastando mais energia para produzir a mesma quantidade de reais. Ou seja, a intensidade energética deles tem aumentado, quando no mundo todo ela tem reduzido”, disse o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Gesmar Rosa Santos. “O que se espera é que se gere a mesma quantidade de riqueza com a mesma ou com menor quantidade de energia”, completou.
De acordo com o pesquisador, como o setor industrial demanda 35% da geração de energia nacional, “acabamos demandando mais energia, mais produção de energia e mais investimento em geração de energia, em vez de economizarmos e de termos uma maior eficiência energética”.
A solução, segundo ele, é investir em processos industriais, inovação tecnológica, substituição de equipamentos por modelos mais eficientes e, ainda, combinar isso com a oferta de produtos menos intensivos em energia.