A indústria de transformação de plásticos, que iniciou o ano com a perspectiva de acelerar a expansão de produção física verificada no ano passado, já baixou as expectativas para 2018. Ante previsão inicial de crescimento de até 5%, a projeção agora é de expansão de 2,5%, em linha com a taxa verificada em 2017.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho, o maior otimismo em relação ao ano em curso era alimentado pela potencial recuperação da construção civil, que não tem ocorrido no ritmo esperado.
Agora, esse cenário é agravado pelo efeito da greve dos caminhoneiros em setores relevantes da indústria, como o automotivo. Esse impacto, contudo, não está refletido na estimativa da Abiplast, que foi revisada antes da paralisação.
“A expectativa para 2018 era muito melhor. Agora, o crescimento do PIB está mais perto de 1,5% do que de 2%”, comentou Roriz, ao explicar o que levou o setor a mudar a previsão de desempenho.
No ano passado, o faturamento da indústria de plástico no país cresceu 0,45% sobre os R$ 65,8 bilhões de 2016 e a produção física ficou em 6,13 milhões de toneladas, alta de 2,5%. A diferença entre os índices é explicada pela dificuldade dos transformadores em repassar preços e a ociosidade na indústria.