Neste 7 de setembro de 2022, movimentos sociais, religiosos e centrais sindicais se unem mais uma vez para o tradicional Grito dos Excluídos, mobilização que acontece em todo o país no dia da Independência do Brasil, desde 1995.
As pautas do Grito dos Excluídos vão da defesa da democracia à luta por inclusão, direitos, políticas públicas que garantam dignidade às populações mais vulneráveis como segurança, saúde e educação.
Todo ano, um assunto é destacado para ser o foco das manifestações. O tema de 2022, ano do bicentenário da independência e 28º Grito dos Excluídos, é justamente a independência. O grito de luta vai questionar: “Independência para quem”? O objetivo é refletir sobre a trajetória do Brasil e de sua população mais pobre – população que ficou fora do centro das políticas da maioria dos governos ao longo desses 200 anos.
Um outro mote do grito deste ano, que se tornou permanente desde que a pandemia de Covid-19 escancarou o descaso do governo de Jair Bolsonaro (PL) com a saúde e a vida da população, é “Vida em primeiro lugar”, que também esteve na pauta do Grito dos Excluídos do ano passado.
O grito da fome não se cala
Atualmente, a fome é um dos problemas mais graves do Brasil, atingindo 33 milhões de brasileiros. Outros 125 milhões não conseguem fazer três refeições por dia. Por isso, vários dos atos já marcados em várias cidades do Brasil também terão como tema principal o combate à fome.
A data escolhida para as manifestações não foi ao acaso. A ideia de fazer um contraponto ao "Grito do Ipiranga".
CNBB
O primeiro Grito dos Excluídos teve como tema “A fraternidade e os excluídos”. A iniciativa é da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Na capital paulista, ocorrerá na Praça da Sé, às 9h.