A Justiça do Trabalho reconheceu a legitimidade da paralisação na Vitopel / Oben e determinou que não houvesse desconto dos dias parados pela greve, além de estabelecer garantias importantes aos 50 trabalhadores demitidos arbitrariamente e sem o acompanhamento do Sindicato dos Químicos do ABC. Entre as conquistas asseguradas estão:
Entenda a mobilização
Os trabalhadores e trabalhadoras da unidade da empresa em Mauá – recentemente adquirida pela multinacional peruana Oben Group – decidiram pela greve após a demissão arbitrária de cerca de 50 empregados, em descumprimento da Convenção Coletiva dos Químicos, que prevê negociação prévia com o Sindicato em casos de demissão em massa.
"Apesar da vitória a luta não termina aqui. É preciso mobilização para que situações como essa não se repitam", afirma Joel Santana de Souza, coordenador político da FETQUIM e dirigente do Sindicato dos Químicos do ABC.
“Tarifaço” de Trump como desculpa
A Vitopel/Oben alegou que as demissões foram motivadas pela retração do mercado interno e pelo “tarifaço” imposto pelo governo dos EUA, medida que reduziu em 25% as exportações de filmes plásticos brasileiros.
Esse impacto externo, somado a cortes internos, foi usado pela empresa como justificativa para as demissão.
Porém essa medida internacional não pode servir de desculpa para descumprir a Convenção Coletiva da categoria química e desrespeitar famílias que dependem do emprego.