O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (CNDESS), chamado de Conselhão, voltou a ser instalado na última quinta-feira (04/05), após ter sido extinto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, em maio de 2019. Desta vez dois representantes da FETQUIM estão presentes: Airton Cano (CUT) e Nilza Pereira (Intersindical).
A iniciativa é um marco histórico e simboliza a retomada da participação social nas decisões de governo e a força da categoria química como parte estratégica para a reconstrução do Brasil .
No encontro foram anunciados todos os integrantes do Conselho, criado inicialmente em 2003, na primeira gestão de Lula,
O conselhão faz parte da estrutura do ministério de Relações Institucionais, conduzido pelo ministro Alexandre Padilha.
Airton Cano, coordenador político da Fetquim, explica que a importância do Conselhão é avaliar leituras das sociedade e as demandas para o desenvolvimento econômico.
Nilza Pereira Almeida, secretária -geral da Intersindical, dirigente dos Químicos Unificados e secretária de Comunicação da Fetquim, comemora a pluralidade do Conselhão, que representa "a volta da democracia e da participação popular nas decisões de governo".
O Conselhão
O Conselhão tem mais de 240 integrantes entre representantes de movimentos populares, do empresariado, de organizações de defesa dos direitos humanos e do meio ambiente e também do mercado.
O período inicial de atuação dos conselheiros e conselheiras é de dois anos, mas poderão ser reconduzidos. Não haverá remuneração para os integrantes do Conselhão.
O decreto que criou o Conselhão diz que seus integrantes devem ter experiência nos temas de interesse do colegiado ou ocupar função de dirigente em organizações sindicais, movimentos sociais ou organizações da sociedade civil ou do setor privado. Além disso, a definição dos conselheiros e conselheiras deve ser representativa da diversidade territorial, étnico racial e de gênero.
Segundo afirmou o ministro Padilha em abril, 40% do colegiado será composto por mulheres. Ainda de acordo com afirmação do ministro Padilha após a criação do CNDESS, “a contribuição do Conselho terá um papel decisivo para a gente formular novas políticas; o governo, nesses 100 dias, teve um papel de recriar programas que haviam sido destruídos e agora temos o desafio de formular políticas”.