A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados realizou ontem à tarde um seminário para discutir os efeitos da escala 6x1, que existe entre diversos setores, incluindo o setor químico, e é amplamente adotada no comércio.
O coordenador político da FETQUIM, Joel Souza, acompanhou o debate solicitado pelo deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP) no auditório Nereu Ramos, em Brasília.
O seminário teve como objetivo discutir os impactos desse regime na saúde e na qualidade de vida dos trabalhadores. Jornadas intensas trazem desgaste físico e psicológico, além de limitarem o convívio familiar.
A Constituição estabelece que a carga de trabalho será de até oito horas diárias e 44 horas semanais.
Atualmente tramita na Câmara uma Proposta de Emenda à Constituição 8/25 prevê a adoção da carga semanal de quatro dias de trabalho e três dias de descanso. O texto acaba com a escala 6x1 (seis dias de trabalho e um dia de folga) e limita a duração do trabalho normal a 36 horas semanais.
A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se aprovada, será examinada por uma comissão especial, antes de ser votada em dois turnos pelo Plenário.
A FETQUIM apoia o fim da escala 6x1 e defende a adequação de jornada para a promoção da qualidade de vida e saúde da classe trabalhadora.