A Fetquim/CUT (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico do Estado de São Paulo) entregou ao patronato, no fim da tarde de quarta-feira (7/03), suas reivindicações para campanha salarial 2018 dos farmacêuticos.
Fetquim/CUT e Fequimfar/Força Sindical estiveram juntas na entrega das pautas, apesar de cada uma das federações ter apresentado pequenas diferenças no conteúdo das propostas.
Airton Cano, coordenador político da Fetquim, destacou a necessidade das negociações neste momento pós "deforma trabalhista". "O modelo encaminhado aqui é para que tenhamos uma convenção única no estado de SP, mesmo que tenhamos algumas diferenças, prova disso é que conseguimos chegar junto com a Fequimfar. Nossas pautas não são iguais mas são muito parecidas".
'Deforma' Trabalhista
Como representante do patronato, Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma, defendeu a “deforma”. “Não acho que a reforma trabalhista interfira em nossa convenção coletiva e rasgue o que fizemos até agora. Temos alguns pontos que precisam ser melhor avaliados, mas muita coisa que a gente vinha destacando em nossa convenção virou lei agora, fortaleceu o que vínhamos fazendo: a negociação”.
Sobre os índices e cálculos da pauta financeira apresentados pelas duas federações, Mussolini disse: “Vocês ainda não entenderam que faturamento alto com despesa alta não representa nada? Vamos sentar, calcular e avaliar os índices que vocês apresentaram”, afirmou, diante dos números divulgados pela imprensa, que provam não haver crise na indústria farmacêutica.
Reinvindicação da Fetquim
A pauta da Fetquim contemplou o indicativo de 5% de reajuste, salário normativo de R$ 1.711,00 e que a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) tenha como patamar mínimo o valor de R$ 3.422,00 (equivalente a dois pisos salariais), sem diferenciação por quantidade de trabalhadores empregados. Para a cesta básica, o valor reivindicado foi de R$ 360,00.
Neste ano, Fetquim e Sindusfarma (sindicato patronal que representa os patrões) discutem apenas as cláusulas econômicas.
As cláusulas sociais, que garantem direitos importantes aos trabalhadores e trabalhadoras do setor farmacêutico, continuam valendo até 31 de março de 2019, conforme previsto na Convenção Coletiva de Trabalho Vigente.