No momento em que o sindicalismo busca ampliar a sindicalização - até como resistência à reforma trabalhista – o Ipea (Instituto de Pesquisa econômica aplicada) comprova que trabalhadores sindicalizados ganham diretamente 8,4% a mais do que os não sindicalizados e têm maiores chances de acesso a benefícios como auxílio-alimentação, auxílio-transporte e auxílio-saúde.
A pesquisa “Diferenças de remuneração entre trabalhadores sindicalizados e não sindicalizados: evidências sobre o mercado de trabalho brasileiro” também aborda uma breve análise da influência negativa que será gerada com a reforma trabalhista, que entrará em vigor em novembro.
As diferenças de remunerações entre a classe trabalhadora poderão aumentar no futuro, dependendo de como a reforma trabalhista promovida pelo Projeto de Lei no 6.787/2016 (em discussão no parlamento) vier a ser implementada.
Dentre um dos pontos destacados na pesquisa sobre as consequências geradas pela reforma trabalhista, os pesquisadores destacam que “o projeto de lei pretende modificar a forma como os sindicatos são financiados, transformando a contribuição obrigatória de todos os trabalhadores em voluntária. Assim, as negociações coletivas promovidas pelos sindicatos poderiam não mais beneficiar todos os trabalhadores, mas apenas aqueles afiliados.”
O estudo reforça as danosas consequências desse projeto, que tornará o mercado de trabalho brasileiro ainda mais desigual, principalmente no que diz respeito as remunerações.