Os números de mortos no Brasil por Covid continuam elevados. André Alves, secretário de Saúde da Fetquim, alerta que “é prematuro demais para dizer que a pandemia está acabando".”Na última semana até 15 de março, foram 2.700 mortes por Covid. Nesse ritmo chegaremos dentro de 3 meses e meio ao recorde de 700 mil mortos contados desde o início de 2020. Pior: entre os mortos a grande maioria é de não vacinados", afirma. Entre 2020 e 2021 a Organização Mundial de Saúde (OMS) contabiliza 5,9 milhões de mortes. Recentemente, em estudo divulgado pela revista Lancet, pesquisadores ingleses mostram que as estimativas de mortes por Covid no mundo são três vezes maiores, 18 milhões de mortes, segundo infrormações do Financial Times de 11/03/22.
Não vacinados têm 26 vezes mais mortes do que vacinados
Pesquisa realizada pela Secretaria Estadual de Saúde em São Paulo, entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022, apresentou dados de que as mortes dos não vacinados foram 26 vezes maiores do que das pessoas que foram vacinadas, no período de contágio pela Ômicron. Foram pesquisadas 7.942 mortes, e os números mostraram que o grupo de não vacinados foram de 332 mortes por 100 mil habitantes, enquanto que os vacinados foi de 13 para 100 mil habitantes. . ( Globo, 14/03/22).
Covid com nova onda na China
Na China, com a nova onda de Covid, foi estabelecido lockdown ( fechamento de diversas atividades econômicas) e confinamento nesta semana na região de Shenzhen, no sul da China, para 17 milhões de habitantes, região do tamanho da grande São Paulo e um dos grandes polos tecnológicos chineses. Isso por conta das mais de 5 mil novas contaminações.
Alerta permanente da Fetquim quanto aos cuidados com os riscos da Covid e a prevenção permanente com vacinação
A direção da Fetquim está sempre atenta ao problema com alerta às direções sindicais químicas. Airton Cano, coordenador da Fetquim, diz que “ todos os protocolos de cuidados com a Covid devem continuar ativos nos locais de trabalho, conforme procedimentos da nossa convenção coletiva, e exigindo que todos os trabalhadores e suas famílias continuem a ser vacinados.”
Para André Alves, secretário de Saúde da Fetquim, alerta que “ os não cuidados no interior dos locais de trabalho caracteriza a contaminação como Acidentária, com necessidade de emissão da CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho)". "Há a permanente continuidade do trabalho em diversas atividades no dia a dia, como correios, motoristas, comércio, indústrias químicas que nunca pararam desde o início da pandemia e continuam sob o risco da contaminação. Nos locais de trabalho e no transporte coletivo a higienização têm de continuar, pois oferecem muito mais riscos do que em atividades de home office.”
E mais uma vez André reafirma: “ A pandemia não acabou e autoridades estão deixando de exigir máscaras, e muitos especialistas estão alertando ser prematuro deixar de usar máscaras.” O grande responsável pelo grande número de mortes que está oficialmente chegando a 700 mil é o governo Bolsonaro que fez a pandemia crescer no país quando não se comprometeu com a vida dos brasileiros.”
Fonte: Agências, Financial Times e Assessoria de Saúde e Previdência da Fetquim/CUT.