Voltar
26 de Março de 2018

Dono da Novamed firma acordo para compra do laboratório Multilab


Escrito por: Valor Econômico


Valor Econômico

O grupo NC, dono da EMS, acaba de fechar mais uma aquisição. Por meio da Novamed, assinou um acordo para compra do laboratório gaúcho Multilab, colocado à venda pela Takeda no ano passado. O negócio está sujeito à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e o valor da transação não foi divulgado.

Em comunicado disponível em seu site, o grupo NC, da família Sanchez, informa que, após o aval do órgão antitruste, assumirá o controle acionário do laboratório Multilab e será responsável pela unidade fabril e por todo o portfólio de medicamentos da empresa.

No documento, o presidente do grupo NC, Carlos Sanchez, diz que a aquisição faz parte de sua estratégia de expansão. “Os números positivos que temos obtido com nosso desempenho em diferentes áreas nos permitem ampliar nossa atuação e manter constantes investimentos no país, especialmente no setor farmacêutico”, afirma.

Para a Takeda, a venda do laboratório, que atua principalmente em genéricos e similares, ajustará o foco da operação brasileira nas áreas consideradas estratégicas: gastroenterologia, oncologia, medicamentos isentos de prescrição e medicina geral. “Essa operação permitirá à Takeda [...] focar seus esforços no lançamento de produtos inovadores de pesquisa e desenvolvimento”, diz, no comunicado, a presidente da farmacêutica no Brasil, Renata Campos.

Havia ao menos dois interessados na Multilab, um deles de capital brasileiro, mas problemas regulatórios relacionados ao medicamento MultiGrip e um passivo tributário de R$ 120 milhões eram vistos como desafios à concretização da venda.

A Takeda comprou a Multilab em 2012 por R$ 540 milhões. Por sua vez, a EMS, maior farmacêutica brasileira, adquiriu no fim do ano passado o laboratório sérvio Galenika e está na disputa pela divisão de genéricos da francesa Sanofi na Europa.
 
Como parte da estratégia de diversificação, o grupo NC comprou, nos últimos dois anos, o complexo eólico Corredor do Senandes, em Rio Grande (RS), e o negócio de mídia do grupo RBS em Santa Catarina.