As potencialidades de desenvolvimento sustentável que se colocam para os diferentes segmentos que compõem a indústria química na região do ABC exigem ação integrada e tripartite para qualificar trabalhadores e gestores do setor que já atuam nas indústrias instaladas na região e promover o interesse e a qualificação para estudantes e jovens que queiram trabalhar na indústria química no ABC.
Esta é a síntese das opiniões apresentadas e debatidas na Oficina sobre Qualificação Profissional no Setor Químico na Região do ABC, realizada em 9 de dezembro de 2014, no Auditório do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, sistematizadas no documento em anexo.
Iniciativa do Grupo de Trabalho da Indústria Química da Região do ABC (GT QUÍMICO), a oficina foi uma realização conjunta das Prefeituras de Mauá, Santo André, São Bernardo do Campo e do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, com apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias Químicas do ABC, do CIESP Santo André, da Agência de Desenvolvimento Econômico Grande ABC e da Braskem.
Participaram da oficina 50 pessoas, representando o Poder Público (Consórcio Intermunicipal Grande ABC e Prefeituras de Mauá, Santo André, São Bernardo do Campo e Rio Grande da Serra, além da Agência de Desenvolvimento Econômico Grande ABC), os trabalhadores (Sindicato dos Químicos do ABC; Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT no Estado de São Paulo – FETQUIM), as indústrias químicas (Associação Brasileira da Indústria Química – ABIQUIM; Associação Brasileira da Indústria do Plástico – ABIPLAST; AkzoNobel; Cabot; Artepet/Polibel; Plastec; Solvay) e instituições de ensino (SENAI; ETEC Júlio de Mesquita; Pentágono) e de pesquisa (DIEESE).
Entre os expositores, participaram Rafael de Sá Marques, diretor de Tecnologias Inovadoras da Secretaria de Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Governo Federal; Wagner Brunini, diretor de planejamento da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH); Thomaz Ferreira Jensen, economista do DIEESE no Sindicato dos Químicos do ABC; Pedro Teruji Minamidani, da Escola SENAI Mario Amato e da Faculdade SENAI de Tecnologia Ambiental; Claudinei Martins, do Colégio Pentágono; e Giancarlo Bechelli, diretor Industrial da LETSKA Indústria e Comércio Ltda.
A indústria química no ABC é responsável por 11,8% do faturamento do setor no Brasil, o equivalente a 49,5 bilhões de Reais ao ano, com destaque para a fabricação de tintas (63% do faturamento líquido no Brasil é gerado no ABC), a fabricação de produtos de limpeza (33%) e a fabricação de cosméticos, produtos de higiene pessoal e perfumaria (24%). São cerca de 40 mil empregos diretos nas quase mil empresas do setor químico no ABC, 92% das quais empresas de micro e pequeno porte.